domingo, 30 de janeiro de 2011

Tabajara AM e FM, aguardem nova programação

A Direçao das Rádios Tabajara AM e FM  prepara a nova programação. A AM manterá a tradição de ser a campeã de audiência nas transmissões esportivas com a equipe nota dez, a mais ouvida nos estádios ou em casa. O jornalismo também é outro carro-chefe da emissora fundada em 1937.  

A Rádio Tabajara FM vai primar pela música de qualidade brasileira e estrangeira, além de mais espaço para a produção musical paraibana. A nova programação das duas emissoras está  sendo elaborada com carinho pela diretora-superintendente, radialista Maria Eduarda dos Santos e sua equipe.  Duda Santos é a primeira mulher a assumir o cargo em 74 anos de existência da AM e onze anos da FM Tabajara.

Josélio Carneiro

Os 58 anos da Rádio Tabajara com Itamar Cândido na direção

 Apagando a vela do bolo de 58 anos da Tabajara, Itamar Cândido e Ninotcka, filha de Paschoal Carrilho


Itamar Cândido e funcionários nos parabéns à Tabajara

Em 1995 A Direção da Rádio Tabajara e a Associação dos Servidores da Rádio Tabajara - Assert, comemoraram os 58 anos da emissora. A Assert, presidida por Josélio Carneiro, homenageou vários funcionários com plaquetes, a exemplo de Carlos Antonio, o homem do Show das 13, Geraldo Cavalcanti, Ivan Bezerra, Jonildo Cavalcanti, Assis Mangueira, Paschoal Carrilho (in memoriam).


Ninotcka Carrilho recebe homenagem das mãos de Itamar (ao centro, Jonildo Cavalcanti Filho e Lenilson Guedes)

O diretor-superintendente da Rádio Tabajara era o jornalista Itamar Cândido, que depois também dirigiu o jornal A União. Itamar é um excelente gestor público.Certa vez em uma prestação de contas em A União, já no Governo Cássio Cunha Lima, ele mostrou que havia R$ 5 milhões em caixa e bobina para imprimir o jornal por um ano.

Um bate-papo sobre a Tabajara durante almoço pelos 58 anos da emissora do Governo

Zé Pequeno, que criou o Trio Jaçanã nos anos 50, na Tabajara em 25 de janeiro de 1995

O presidente da Assert, Josélio Carneiro, entrega plaquete ao radialista Jonildo Cavalcanti

Geraldo Cavalcanti entrevistando Walter Santos, secretário de Comunicação do Governo Mariz

Os 58 anos da Tabajara  incluiu um almoço em restaurante, com a presença do jornalista Walter Santos, que havia assumido a Secretaria de Comunicação no Governo Antonio Mariz. Houve um bate-papo transmitido pela rádio, com Itamar Cândido, Lenilson Guedes, Agnaldo Almeida, Fernando Rodrigues, Geraldo Cavalcanti, dentre outros.

Auto Esporte vence o Botafogo na Graça neste sábado

O‘Botauto’ teve como maior objetivo testar os dois times para o Campeonato Paraibano de 2011

O clássico deste sábado a festa foi dos torcedores do Auto Esporte que venceu o Botafogo por 1 a 0, gol de Maia (foto) ao 21 minutos do primeiro tempo.  Com o resultado, o Auto Esporte ganhou o troféu em homenagem aos 74 anos de fundação da Rádio Tabajara.

O‘Botauto’ teve como maior objetivo testar os dois times para o Campeonato Paraibano de 2011. O Botafogo faz o primeiro jogo oficial contra o Nacional de Patos, em João Pessoa e Auto Esporte jogará em Campina Grande, contra o Treze.

O Auto Esporte dominou, praticamente, quase todo jogo e poderia até vencer com maior número de gols.
O time comandado por Reginaldo Sousa ganhou o duelo no meio campo, deixando o Botafogo de Francisco Diá sem saída para fazer as jogadas de criação.

O Botafogo faz o primeiro jogo oficial contra o Nacional de Patos, em João Pessoa e Auto Esporte jogará em Campina Grande, contra o Treze.

A primeira rodada da competição oficial será no próximo dia 6.

A última vez que clássico pessoense tinha acontecido naquela praça de esporte foi registrado o empate de 2x2, pelo Campeonato Paraibano de 1998. Neste jogo que acontece há quase uma década e meia, na Graça, os gols do Botafogo foram marcados por pelo lateral-direito Nido e pelo atacante Batistinha. Enquanto que, o atacante Patrício fez os dois gols do Auto Esporte. A informação é do desportista, Murilo Macelo, torcedor botafoguense.

Os ‘botautos’ aconteceram nos últimos 12 anos, sempre disputados no estádio Almeidão, que passa atualmente por melhoramentos e só deve voltar a receber jogos oficiais a partir do mês de março. Por enquanto, o estádio da Graça será o palco dos jogos quando os clubes de João Pessoa tiveram o mando de campo no Campeonato Paraibano de 2011.

No Campeonato Paraibano de 2001, o Auto Esporte venceu o Botafogo por 2 a 1 e a última vitória do time automobilista sobre o Botafogo aconteceu na Copa Paraíba de 2009, por 2 a 0, pela segunda fase. Os dois jogos foram disputados, no estádio Almeidão.

No ano passado pelo Campeonato Paraibano, o Botafogo venceu os dois confrontos contra o Auto Esporte. No primeiro turno, o time alvinegro marcou 4 a 1 e no segundo turno, o Botafogo aplicou nova goleada por 3 a 0, ambos no estádio Almeidão.

Na fase de preparação os dois times realizaram uma série de amistosos e estão encerrando as avaliações no clássico de hoje. A partir de agora, o treinador do Botafogo, Francisco Diá, vai ter uma semana para montar a base de sua equipe. O mesmo acontece com o treinador do Auto Esporte, Reginaldo Sousa.

O Botafogo na fase de amistosos venceu o Palmeira de Goianinha-RN por 2 a 0 e goleou o Confiança de Sapé por 6 a 0, todos no estádio Joaquim de Almeida Sobrinho, na Maravilha do Contorno e perdeu para o ABC de Natal por 3 a 1, no estádio da Graça, em João Pessoa.

O Auto Esporte venceu o Decisão do Recife por 2 a 1, derrotou o Confiança de Sapé por 6 a 0 e ganhou do selecionado do Rangel por 1 a 0, todos no estádio Mangabeirão, no Colosso Alvirrubro.
Ficha técnica
Local – estádio da Graça
Horário – 16h00
Cidade – João Pessoa
Árbitro – Adalberto Moesia
Assistentes – Nilston Atanásio e Aldo Silva
Renda - R$ 7.950,00
Público - 795 pagantes

Botafogo – Genivaldo, Valber (Parral), Célio (Ricardo), Henrique e Rogerinho; Aurimar (Eliezer) Charles Vagner (Ivan), Miltinho (Peixinho) e Chapinha; Edmundo (Vandeilson) e Paulinho Macaíba. Técnico – Francisco Diá

Auto Esporte – Bel (Amauri), Overlan (Eli), Ronaldo (Moisés), Alan Farias e Nailton; Gildo, Amaral (Pablo Miranda), Ione (Jan), Diego Trindade (Galdino); Maia (Iran) e Lee. Técnico – Reginaldo Sousa.



soesporte.com.br

sábado, 29 de janeiro de 2011

Memória: Governador Ronaldo Cunha Lima em solenidade da Polícia Militar

Ingressei na Rádio Tabajara em 2 de janeiro de 1989. Nesta foto eu cobria uma solenidade militar no Centro de Ensino da PM, em Mangabeira. O então governador Ronaldo Cunha Lima fazia um pronunciamento na condição de comandate-chefe da Segurança Pública do Estado.

Da esquerda para a direita: o radialista Seu Rodrigues, o comandante geral da PM, cel. João Batista Lira, o sub-comandante cel. Cordeiro, que mais tarde tornou-se comandante geal, o então capital Kelson Chaves, o coronel Lima Irmão, que mais adiante seria comandante geral da Corporação, o governador Ronaldo Cunha Lima ao microfone, o deputado estadual Tarcisio Telino e este repórter da Rádio Tabajara nos idos de 1992.

Josélio Carneiro, com foto de seu arquivo

Hermes Taurino e Paulo Costa na Tabajara

Aqui duas fotos da década de 1990. A primeira, de 1995, ao centro, olhando para o fotógrafo, o desportista Hermes Taurino, de saudosa memória, na companhia de Clodoaldo Oliveira, Paulinho Carioca, Abelardo Menezes e outros colegas. Hermes integrou a equipe esportiva da Tabajara. A foto registra uma confraterinização por ocasião dos 58 anos da rádio.


Na segunda foto o então secretário da Casa Civil do Governador, Solon Benevides, na companhia do secretário de Comunicação, jornalista Giovanni Meireles, empossa na superintendência da Tabajara o radialista Paulo Costa, que substituiu o jornalista Petrônio Souto. Presente também à solenidade o jovem vereador João Gonçalves e funcionários da emissora.

Josélio Carneiro, com fotos de seu arquivo

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Severino Araújo e Moacir Santos, músicos da Tabajara nos anos 30 e 40

Na década de 1990 quando trabalhava na pesquisa para o livro Tabajara - A Rádio da Paraíba (lançado em 2002), tive a grata oportunidade de entrevistar dos mestres da música instrumental, aliás, os dois nascidos em Pernambuco. Estou falando dos maestros, arranjadores, compositores e instrumentistas Severino Araújo e Moacir Santos. Dois músicos contratados pela Rádio Tabajara nos anos 30 e 40.

A entrevista de Severino Araújo foi na noite do sábado 28 de setembro de 1996, em um restaurante de João Pessoa,antes do baile da Orquestra Tabajara no Clube Cabo Branco. No domingo, 29, a Big Band já estava no Rio de Janeiro em mais um baile, o de número 13.142.  Naquele ano o maestro tina 76 anos. Nascido em Limoeiro-PE, em 1917, agora em 2011 vai completar 95 anos em abril, dia 23.

Áudios desta entrevista vou postar aqui neste blog, em breve. O jornal A União publicou na íntegra minha conversa com Severino Araújo na edição do dia 4 de outubro de 1996. Uma página inteira no caderno de cultura.

O maestro nos falou da origem da Orquestra Tabajara, seu ingresso nela, em 1937, ano de fundação da Rádio Tabajara. Ele testemunhou a inauguração da PRI-4. Araújo falou ainda sobre sua ida para o Rio, os shows internacionais: 30 dias em Paris, em Montevideu foram 40 dias no carnaval em 1955), em Buenos Aires a temporada foi no ano de 1961, ano em que nasci.

Severino falou ainda sobre o contrato com a Rádio Tupi, no Rio, na Rádio Mayrink Veiga, Rádio Nacional e TV Rio.

A entrevista com o saxofonista, compositor, arranjador e maestro Moacyr Santos foi na casa de parentes seus no bairro de Jaguaribe em uma de suas viagens de férias. O mestre morou mais de 30 anos nos Estados Unidos onde fez muito sucesso. Em 2001 lançou no Brasil o CD Ouro Negro, pela Universal.

Moacir Santos foi contratado pela Rádio Tabajara no ano de 1946, quando substitui Severino Araújo que havia ido embora para o Rio de Janeiro.

Em reportagem de Elinaldo Rodrigues, no Jornal da Paraíba, em 5 de junho de 2001, Moacir Santos fala sobre sua trajetória no Brasil e nos Estados Unidos. O mestre fez parcerias com Baden Powell, Vinícius de Moraes, além de participações memoráveis em vários discos. O maestro ainda fez trilhas sonoras para filmes brasileiros.

O CD Ouro Negro tem a participação de Djavan, Milton Nascimento, Ed Motta, Gilberto Gil, Joyce, Muiza Adnet, Donato, Shiela Smith e do próprio Moacir. O mestre faleceu em 18 de julho de 2006, aos 80 anos de idade.


Josélio Carneiro, com fotos de seu arquivo

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Botafogo e Auto-Esporte realizarão jogo em homenagem à Rádio Tabajara

O Botafogo Futebol Clube e o Auto-Esporte Clube, os dois principais times de João Pessoa, vão homenagear a Rádio Tabajara nos seus 74 anos de fundação com o primeiro clássico Botauto de 2011. O clube vencedor do jogo amistoso conquistará a ‘Taca Tabajara’. O Botafogo e o Auto-Esporte vão jogar neste sábado (29), a partir das 16h, no Estádio Leonardo da Silveira, o tradicional Campo da Graça, bairro de Cruz das Armas. Os dois times não se enfrentam nesse estádio há 13 anos.

O amistoso – que será transmitido pela equipe esportiva da emissora – também servirá como preparativo das duas equipes para o Campeonato Paraibano de Futebol 2011. O secretário de Estado da Juventude, Esporte e Lazer, Fabio Maia, destacou que é justa a homenagem à Rádio Tabajara, que se estende à equipe esportiva da emissora. A Secretaria procura estimular essas iniciativas e, ao apoiarem essa homenagem, Botafogo e Auto-Esporte reconhecem o trabalho que a rádio faz pelo esporte paraibano há 74 anos.

A diretora-superintendente da Rádio Tabajara, radialista Duda Santos, afirmou que a equipe da emissora só tem é que agradecer a homenagem prestada pelos dois clubes. “Nossa contribuição será manter esse trabalho para o engrandecimento do esporte paraibano e para a satisfação de todos os nossos ouvintes”, declara.

O presidente do Auto-Esporte, Klecius Gomes, afirmou que a expectativa é grande por parte dos times e dos desportistas de João Pessoa em torno do jogo, que é uma iniciativa dos dirigentes dessas agremiações. O diretor de esportes do Botafogo, Breno Morais, ressaltou a importância de homenagear Tabajara e sua equipe esportiva do. “Esse amistoso será uma festa do futebol paraibano”. Na foto, cronistas esportivos da Rádio Tabajara, dia 25 de janeiro de 2011, nos 74 anos da Tabajara AM.

www.paraiba.pb.gov.br

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Dédaca de 1990 na Tabajara

Uma foto dos anos 90 no estúdio da Tabajara AM. Lúcia Figueiredo (repórter), Eduardo (assistente), Germano Barbosa e Airton José, do Big show do Bolinha.  Airton permanece na emissora. Ingressou na Tabajara no final da década de 1970.  Bolinha começou fazendo o Informativo Tabajara, com o locutor Paulo Rosendo. O Big Show do Bolinha vai completar esse ano 41 anos no ar.

Nesta segunda foto Josélio Carneiro entrevistando o plantonista esportivo Ernani Norat. O ano era 1996, e a entrevista foi para o livro Tabajara - A Rádio da Paraíba, publicado em 2002. Ernani Norat ingressou na Tabajara em 1962. Aposentou-se em 1997 e faleceu há alguns anos. Apaixonado por seu trabalho na Tabajara dedicou 45 anos de sua vida à emissora do governo do estado. Foi um dos mais completos plantonistas esportivos do Brasil. "Sempre trabalhei para o ouvinte, nunca para mim", revelou Norat na entrevista em 1996.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Rádio Tabajara faz 74 anos e anuncia nova programação que estreia em 1º de fevereiro

As Rádios Tabajara AM e FM estreiam no dia 1º de fevereiro uma nova programação, com mais dinamismo nos núcleos musical, esportivo e jornalístico, além de primar pela valorização da Música Popular Brasileira e Paraibana. Na manhã desta terça-feira (25), data que a rádio AM completa 74 anos de existência, a superintendente do órgão, Maria Eduarda Santos, apresentou aos funcionários as novas diretrizes da programação, durante café da manhã nas dependências da emissora.

Segundo a gestora, a rádio AM 1.110 MHZ vai ganhar novos programas e também manter alguns que são tradicionais na emissora. Jornalismo e esporte serão o carro-chefe da rádio, que também vai mesclar na sua grade de programação espaço para informações sobre variedades e música.

Já na FM 105.5, o lema da nova programação será “melhorar o que já é bom”, priorizando programas musicais diversos, contemplando música paraibana, a boa música brasileira e mundial. Conforme disse a superintendente, haverá espaço para o resgate de grandes sucessos, como também para a divulgação de novos trabalhos.

O jornalismo também fará parte da programação, trazendo uma nova roupagem ao Jornal Estadual – que é transmitido em cadeia também pela rádio AM. Novos locutores e produtores irão colocar no ar o jornal que já existe há mais de 40 anos, no horário das 6h às 7h. Informações sobre o trânsito e notícias rápidas durante todo o dia também estarão presentes na nova Tabajara FM.

Programa do governador – O tradicional espaço dedicado aos pronunciamentos semanais do governador do Estado vai ganhar um novo formato. O dinamismo e a interatividade com o público será a marca do programa, que também será transmitido pela internet.

A rádio já inicia a sua atuação nas redes sociais, com o twitter @tabajarapb. O espaço será dedicado à interação com os ouvintes e também para a divulgação dos programas e realização de eventos promocionais das duas emissoras.

Fachada da Rádio TabajaraEquipe – O comando da programação está por conta do multimídia Cristóvam Tadeu; o jornalista e radialista Marcos Thomaz está à frente do radiojornalismo, enquanto o radialista Lima Souto comanda a equipe do esporte.

Além de funcionários e radialistas da emissora, também estiveram presentes ao café da manhã, a presidente da Federação Paraibana de Futebol, (FPF), Rosilene Gomes, a secretária de Comunicação da Prefeitura de João Pessoa, Lívia Karol Araújo; o superintendente do jornal e gráfica A União, Ramalho Leite, e a Diretora Executiva de Jornalismo da Secretaria de Estado da Comunicação, Marly Lúcio, que na ocasião representou o secretário Nonato Bandeira.
       

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Rádio Tabajara – há 74 anos presente na vida cultural dos paraibanos

Antiga sede da Rádio Tabajara, demolida na década de 1980

A Paraíba é vanguardista no País na área de comunicação. Aos 2 de fevereiro de 1893 é criado o jornal A União, hoje o terceiro mais antigo em circulação no Brasil. No ano de 1922 o paraibano Epitácio Pessoa, então presidente da República, se tornou o primeiro brasileiro a falar pelo rádio em rede nacional, por ocasião das comemorações do Centenário da Independência. Os equipamentos radiofônicos foram importados dos Estados Unidos e, direto do Rio de Janeiro, na época capital do País, Epitácio dirigiu a palavra ao povo brasileiro, de acordo com relato do historiador e escritor José Octávio de Arruda Mello.

Em 1935 o paraibano Assis Chateaubriand inaugurava a Rádio Tupi, no Rio. Aos 25 de janeiro de 1937, portanto há 74 anos, era inaugurada a Rádio Tabajara AM, 1.110 Kilohertz, em João Pessoa, pelo governador Argemiro de Figueiredo. A emissora é a primeira do Estado e uma das mais antigas do Brasil. A Paraíba também esteve na vanguarda dos meios de comunicação na década de 1940 quando o paraibano de Umbuzeiro, Assis Chateaubriand inaugurou os estúdios da Rádio Tupi, no Rio, em novo endereço. E em 1950 o mesmo Chateaubriand inaugurava a TV Tupi, a primeira televisão do Brasil. Para estes acontecimentos marcou presença a Orquestra Tabajara criada na Paraíba em 1933 por Olegário de Luna Freire e que em 1945 estreou na Rádio Tupi, Rio de Janeiro. Na Tabajara a orquestra liderada pelo maestro Severino Araújo atuou por oito anos.

Origem da Rádio Tabajara - Na década de 1930 um grupo de amigos criou a Rádio Clube da Paraíba, uma emissora artesanal. Mais adiante a rádio se tornaria no embrião da Rádio Tabajara da Paraíba que foi inaugurada com a denominação Rádio Difusora do Estado, Estação de Rádio – PRI-4. Foi criada no dia 25 de janeiro de 1937, apenas dois anos depois da Rádio Nacional ser inaugurada pelo governo federal em 1935.

O primeiro diretor da emissora do governo da Paraíba foi Francisco Sales Cavalcante e oitenta dias após sua inauguração a rádio foi denominada Tabajara. De acordo com o jornalista Nakamura Black, em reportagem de 1992, a rádio teve estúdio provisório no prédio de A União e lá funcionou até 1939, quando ganhou sede própria na rua Rodrigues de Aquino (foto). O prefixo PRI-4 foi substituído por ZYI-689.

Diretores da Tabajara - Nesses 74 anos diversas pessoas assumiram a direção da Rádio Tabajara, entre eles os jornalistas Gilson Souto Maior, Paulo Santos, Biu Ramos, Itamar Cândido, Deodato Borges, Petrônio Souto, Adelton Alves, Levy Soares, Antonio Barreto Neto, Manoel Raposo, Carlos Romero, José Souto, Genésio Sousa, Abelardo Jurema. A radialista Eduarda Santos, atual diretora superintendente, entra para a história da emissora como a primeira mulher a assumir o cargo.

Anos 50 - Quarteto de Italiano de Cordas criado por Rino Visani, o último da esquerda para a direita

Ao longo dessas sete décadas a Tabajara vem registrando a história política, administrativa, econômica, social e sobretudo a trajetória cultural da Paraíba. Grandes nomes integraram o cast de artistas, autores de textos e locutores da emissora ou que se apresentaram em seus programas: Orlando Vasconcelos, Oscar de Castro, Eurípedes Gadelha, José Santa Cruz (que se tornou humorista), Meira Filho (que depois foi locutor de A Hora do Brasil, na Rádio Nacional e posteriormente foi eleito senador da República), Wilson Londres, Pachoal Carrilho, Jacy Cavalcanti, Gilberto Patrício, Polari Filho, Linduarte Noronha, Humbeto Lucena, (locutor nos anos 40).

São outros personagens dessa história: Jackson do Pandeiro, Genival Macedo, Francisco Ramalho, Otacílio Batista, Oliveira de Panelas, Manoel Serafim, Luizinho do Pagode, Sandra Mara, Cilaio Ribeiro, Carlos Romero, Barreto Júnior a cantriz Nelie de Almeida, Cyro Monteiro, Orlando Silva, a Orquestra Tommy Dorsey, Ângela Maria, Luiz Gonzaga, Abelardo Jurema, Ipojuca Pontes, Geraldo Cavalcanti, Jonildo Cavalcanti, Mércia Paiva, Rino Visani, Trio Jaçanã, Bievenido Granda (cantor mexicano), Canhoto da Paraíba, Eclipse, Parrá, Nelson Gonçalves, Dircinha Batista, Irmãs Aciomán, Marlene Freire, Ruy de Assis, Teones Barbosa, Walter Lins, Zé Pequeno, Airton José, Marconi Altamirando, Maestro Nozinho, Braulita Cavalcanti, Penha Maria, Carlos Antonio, Antonio Assunção, Carlos Vasconcelos, Lula Rodrigues, Ernani Norat, Jadir Camargo, Marco Aurélio, Ivan Tomaz, dentre outros nomes.

O maior locutor noticiarista de toda a história da emissora do governo paraibano foi Paulo Rosendo, a voz padrão do Informativo Tabajara. Ele faleceu em abril de 1991. Ingressou na emissora em 1955. Antes do noticiário ele atuou como rádio-ator, participou de várias novelas produzidas na Tabajara. Muitos jornalistas já integraram a equipe de redação da rádio. Na atualidade o mais antigo é Assis Mangueira, há 41 anos em atividade. Outros nomes: Claudete Andrade, Nakamura Black, Juarez Diniz, Josélio Carneiro, Sandra Bárcia, Fernanda Medeiros, Walquiria Andrade, Mariza Paixão, Bruno Cavalcanti, Jaimacy Andrade, Lenilson Guedes, Edmilson Pereira. Alguns desses nomes licenciados ou à disposição de outros órgãos do governo. No esporte: Franco Ferreira, João de Sousa, Eudes Moacir Toscano, Aurélio Nunes, Ivan Bezerra, dentre outros.

No passado os locutores Humberto Lucena, Fernando Milanez, José Santa Cruz e Hayton Santos, falavam inglês, uma exigência da época.  Abelardo Jurema escrevia crônicas no quadro ‘Do Teatro da Guerra’. Os textos eram lidos por Orlando Vasconcelos. Em 1980 Hayton Santos publicou ‘O Rádio Paraibano em Álbum de Recordações’. Germano Barbosa, Ana Paula, Sérgio de Andrade, Odonildo Dantas, Oswaldo Travassos, Paulo Costa, Walter Cartaxo, Hermano Ponce, Costa Filho, Fernando Rodrigues, também atuaram no jornalismo da Tabajara.

No ano de 1985 o governador Wilson Braga, inaugurou a atual sede da Rádio Tabajara, no Corredor Pedro II, bairro da Torre, na capital paraibana. O diretor-presidente era Manoel Raposo. Depois de sair de sua antiga sede própria, na Rodrigues de Aquino, a emissora funcionou por vários anos na avenida João Machado. De lá, se transferiu para a nova sede, a atual.

Em 7 de agosto de 1999 o então governador do Estado, José Maranhão, inaugurava a Tabajara FM 105.5. A solenidade ocorreu na praça do povo do Espaço Cultural e a grande atração foi a Orquestra Tabajara.
Em 1987, o Governo da Paraíba publicou uma revista comemorativa aos 50 anos de fundação da Rádio Tabajara AM, a antiga PRI-4. O professor, historiador e escritor José Octávio de Arruda Melo foi um dos responsáveis pela publicação. No ano de 2002, aos 29 de janeiro, A União publicou o livro “Tabajara, 65 anos, a Rádio da Paraíba”. A coletânea, organizada pelo Jornalista Josélio Carneiro, repórter da emissora, reúne 67 fotografias e 57 textos. O lançamento do livro ocorreu na Rádio Tabajara. O secretário de Comunicação Luiz Augusto Crispim fez o prefácio da obra. O jornalista Genésio Sousa era o diretor-presidente da rádio. Em janeiro de 1998 o jornalista e radialista Josélio Carneiro organizou no Palácio da Redenção e depois na Tabajara, a exposição fotográfica ‘Época de Ouro do Rádio’.

No ano de 1996 dirigia a emissora o jornalista Petrônio Souto e a Tabajara participou da mesa redonda Rádio Tabajara – 60 Anos de Presença na Cultura Paraibana. O debate ocorreu na sede da Associação Paraibana de Imprensa – API – no dia 6 de novembro, dentro da I Semana Paraibana de Arte e Cultura.

Orquestra Tabajara

Orquestra Tabajara na inauguração da Tabajara FM, em 1999. Foto de Marcos Russo

Na revista comemorativa dos 50 anos da Rádio Tabajara o professor José Octávio de Arruda Mello escreveu: não era só a BBC que funcionava como modelo da Rádio Tabajara durante a II guerra mundial – o outro era a Rádio Nacional, de onde se importava o componente lúcido, ou seja, o aspecto recreativo, recrutado a shows, cantores, e orquestras assegurados pelo que se denominava o cast radiofônico da época. É dentro desse quadro que se verificará a criação da “Jazz Orquestra Tabajara”, - tal o seu nome de batismo – claramente derivado da emissora que a acolheu. Sua fundação ocorreu em 1933 por iniciativa de Olegário de Luna Freire, um violinista amante da boa música. Logo para ela seriam recrutados alguns músicos da Polícia Militar do Estado, entre os quais o clarinetista pernambucano Severino Araújo, acompanhado de vários irmãos, entre eles o trompetista Plínio Araújo.

E continua José Octávio: Com esse grupo e mais o saxofonista “Zé Bodega”, constituiu-se o núcleo da Orquestra Tabajara que, a princípio, encantou a Paraíba e, posteriormente, o Brasil. Segundo Armando Nóbrega, o interventor Ruy Carneiro, o boêmio, e seresteiro, o que o impelia para o campo da música, era um verdadeiro aficcionado da Orquestra Tabajara a cujas audições públicas não raro comparecia no auditório da emissora e ainda no Cassino da Lagoa, Clube Cabo Branco e Pavilhão do Chá.

A Orquestra Tabajara é a mais antiga Big Band do Mundo em atividade. Criada em 1933, existe há 78 anos, já realizou cerca de 16 mil apresentações. O maestro Severino Araújo esteve na regência da orquestra de 1937 a 2005. Hoje o pernambucano de Limoeiro está com 94 anos de idade. Seus irmãos comandam a orquestra. Severino nasceu em 23 de abril de 1917.

Nos revelou Severino Araújo em entrevista em João Pessoa no ano de 1996, (reportagem publica em A União no dia 4 de outubro daquela ano), que no carnaval de 1955 a Orquestra Tabajara tocou 40 dias no Paraguay, em Montevidéu. Em 1961 o maestro se seus 21 músicos fizeram o carnaval em Buenos Ayres, capital da Argentina.  A orquestra foi contratada da Rádio e TV Tupy, Rádio Nacional, Rádio Mayrink Veiga, e TV Rio. O chorinho ‘Espinha de Bacalhau’, de autoria de Severino Araújo, faz parte do currículo da Escola de Música de São Paulo e é uma música tocada na Inglaterra, França, Dinamarca, Suíça, Itália, Finlândia, Portugal, Argentina, Estados Unidos, Uruguai, Alemanha, Áustria, Espanha, Holanda, dentre outros países, revelou o maestro, arranjador, compositor e instrumentista Severino Araújo, que estava presente na inaugurada da Rádio Tabajara em 1937. “A Orquestra Tabajara é quem mais faz propaganda da Paraíba no mundo inteiro”, declarou o músico líder da Big Band que surgiu em João Pessoa e conquistou o Brasil e vários países, com Severino e mais quatro irmãos.

Um filho de Severino Araújo é músico da orquestra e outro segue a carreira do pai com a Orquestra Cuba Livre. Da formação inicial a Orquestra Tabajara tem um único paraibano, Geraldo Medeiros. A orquestra estreou no Rio de Janeiro em 1945, na Rádio Tupi. A primeira vez que voltou a João Pessoa, em 1951, Jamelão e Elizeth Cardoso eram os crooners.  Quando Severino Araújo foi para o Rio de Janeiro a Rádio Tabajara contratou o maestro e instrumentista, também pernambucano, Moacir Santos, para assumir o lugar deixado pelo conterrâneo. Anos depois, Moacir Santos também seguiu para o Rio. Fez muito sucesso no Brasil e nos Estados Unidos, onde viveu por vários anos. Moacir faleceu em 18 de julho de 2006, aos 80 anos de idade. Viveu muitos anos nos Estados Unidos.

Jornalista e radialista Josélio Carneiro
Pesquisa e texto – João Pessoa-PB janeiro de 2011

sábado, 22 de janeiro de 2011

Cauby Peixoto e Zé Pequeno na Tabajara

Duas fotografias da época de ouro do rádio paraibano. A primeira, o conjunto Vocalistas Pessoenses, em 1954. No maracá, o compositor Zé Pequeno, que também integrou o Trio Jaçanã.


A segunda foto é o jovem cantor Cauby Peixoto, com o locutor Paschoal Carrilho, nesta ocasião Paschoal já com problemas de saúde. A Rádio Tabajara trouxe à Paraíba diversos artistas de renome nacional, gente que fazia sucesso no rádio nos anos 40, 50 e 60, principalmente.

Neste 25 de janeiro de 2011 a Tabajara AM completa 74 anos de fundação. Em breve a emissora vai colocar no ar sua nova programação jornalística e musical sob o comando de Eduarda Santos, diretora superintendente, e Cristovam Tadeu, diretor de operações.



Josélio Carneiro, com fotos de seu arquivo

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Canhoto da Paraíba também fez sucesso na Tabajara

Esta foto de Canhoto da Paraíba, é de 1958, época em que ainda não tinha esse nome artístico. Canhoto foi um dos nomes da Rádio Tabajara no passado.

Em julho de 2005 O Governo Cássio Cunha Lima instituiu, no âmbito da Administração Pública Estadual, o Registro dos Mestres das Artes (REMA) “Canhoto da Paraíba”. A “Lei Canhoto da Paraíba” garante o benefício de dois salários mínimos mensais a artistas de reconhecido valor, cujo trabalho tenha contribuído ao longo dos anos para a formação do patrimônio cultural paraibano. A Lei de nº 7.694, ´é de 22 de dezembro de 2004.

Para se inscrever na Lei “Canhoto da Paraíba” é preciso que o artista, com atuação comprovada de no mínimo 20 anos, seja paraibano ou brasileiro residente na Paraíba há mais de 20 anos e esteja capacitado a transmitir seus conhecimentos ou técnicas a alunos, condição dispensada em caso de invalidez. Além de auxílio financeiro mensal, o beneficiado receberá o Diploma que lhe concede o título de Registros nos Mestres das Artes “Canhoto da Paraíba”.

Transcrevemos abaixo parte de um texto publicado pela Fundação Joaquim Nabuco.

Virgínia Barbosa
Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco

 Canhoto da Paraíba

O músico e compositor Francisco Soares de Araújo, conhecido como Canhoto da Paraíba, nasceu de uma família de músicos – avô clarinetista, o pai tocava violão, os irmãos (nove) revezavam-se entre outros instrumentos – aos dezenove dias do mês de maio de 1928, na cidade de Princesa Isabel, sertão da Paraíba.

Canhoto da Paraíba é considerado por expoentes musicais brasileiros – Pixinguinha, Luperce Miranda, Dilermando Reis, Jacob do Bandolim, Radamés Gnatalli, Paulinho da Viola, entre outros – um violonista de primeira grandeza e esse reconhecimento deve-se ao seu talento e à sua técnica de tocar o violão num estilo contrário ao da escola de violão convencional: do lado esquerdo, sem precisar inverter as cordas. Aliás, ele adotou essa técnica quando tinha 12 anos. O instrumento era compartilhado com os irmãos e, por isso, ele não podia transformá-lo num violão que somente os canhotos pudessem dedilhar. Desta forma, observava seu pai tocando e ia aprendendo.

Sua trajetória musical iniciou-se em 1948, quando viajou para o Recife para participar de um programa na Rádio Clube de Pernambuco. Em 1953, assinou contrato com uma rádio da Paraíba. Nessa época, já havia formado um conjunto musical. Em 1958, mudou-se para o Recife e, no ano seguinte, numa excursão de músicos nordestinos, viajou para o Rio de Janeiro. Lá, ele participou de um sarau na famosa casa de Jacob do Bandolim, onde estava presente a nata do choro carioca. Canhoto da Paraíba tocou violão magistralmente e despertou o entusiasmo e a admiração de todos.

Autor de mais de 80 canções, Canhoto da Paraíba já se apresentou em shows com grandes nomes da música popular brasileira e gravou alguns discos:Único Amor (1968) e  Um violão direito nas mãos do Canhoto (1974), que saíram pelo selo da extinta  Rozemblit;  Canhoto da Paraíba com mais de mil (também conhecido como Violão brasileiro tocado pelo avesso) produzido por Paulinho da Viola para Discos Marcus Pereira; Fantasia nordestina volume dois(1990), produção independente de Geraldino Magalhães e Lula Queiroga;Pisando na brasa (1990), último trabalho solo, gravado pela Kuarup; e, em 1993, sai o CD Instrumental no CCBB: Canhoto da Paraíba e Zimbo Trio, pelo selo Tom Brasil.

Em 1998, Canhoto da Paraíba sofreu uma isquemia cerebral que paralisou o braço esquerdo e o impede de tocar até hoje. No mês de maio deste mesmo ano, sabedores do seu estado grave, em sua homenagem e para ajudá-lo a cobrir as despesas médicas e de tratamento intensivo, vários dos grandes nomes do chorinho e do samba realizaram um show beneficente no Teatro Guararapes, Recife.


Francisco Soares de Araújo, o Canhoto da Paraíba, foi um dos contemplados como Patrimônio Vivo de Pernambuco através da Lei estadual nº 12.196 de 2 de maio de 2002.Faleceu na cidade do Recife, no dia 24 de abril de 2008.
                                                                 


Fonte: BARBOSA, Virgínia. Canhoto da Paraíba. Pesquisa Escolar On-Line, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://www.fundaj.gov.br>. Acesso em: dia  mês ano. Ex: 6 ago. 2009.


Nota deste blog: A foto de Canhoto da Paraíba, de 1958, é do arquivo de Josélio Carneiro, fornecida por Zé Pequeno, outro grande artista que pertenceu ao cast da PRI-4.

José Souto, Eudes Moacir Toscano e Biu Ramos na Tabajara

No túnel do tempo. Nesta foto, da esquerda para a direita, José Souto, já falecido, e que assumiu direção da Rádio Tabajara em 1967, no governo João Agripino. Ao centro o mais competente narrador esportivo do rádio paraibano, Eudes Moacir Toscano e à direita o jornalista Severino (Biu) Ramos, que foi superintendente da Tabajara no governo Ronaldo Cunha Lima. Antes, em 1950, Biu Ramos, no governo José Américo, trabalhou pela primeira vez na Tabajara e em 1958 retornou à emissora.

Eudes Moacir Toscano chegou à Tabajara em 1968, através de Geraldo Cavalcanti, que faleceu recentemente. Continua atuando na rádio oficial do governo e é um dos melhores narradores de futebol no rádio nordestino. No livro Tabajara - A Rádio da Paraíba, Eudes nos revela que a transmissão esportiva que mais marcou sua carreira profissional foi os 50 anos do rei do futebol, Pelé, que aconteceu na cidade de Milhão, na Itália. A Tabajara enviou para o evento Eudes cobriu várias Copas do Mundo de Futebol, pela Tabajara.

Josélio Carneiro, com foto de seu arquivo

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Há 150 anos nascia o brasileiro que inventou o rádio

Nesta sexta-feira, 21 de janeiro, o Brasil celebra o sesquicentenário de nascimento do padre-cientista Roberto Landell de Moura, inventor brasileiro do rádio e Pai das Telecomunicações. Uma série de atividades foi programada para este dia, entre elas o lançamento de selo e carimbo alusivos ao tema pelos Correios nas cidades de Porto Alegre, Campinas e Brasília.
Ironia do destino, embora seja um dos maiores gênios dos séculos XIX e XX, por suas invenções e atuação científica, Landell de Moura, gaúcho de Porto Alegre nascido no dia 21 de janeiro de 1861, é ignorado em seu próprio País, onde as crianças continuam aprendendo que o inventor do rádio foi o italiano Guglielmo Marconi.
Com o conhecimento teórico e a inquietude dos que estão à frente de seu tempo, Roberto Landell de Moura transmitiu a voz humana à distância, sem fio, pela primeira vez no mundo. Foi também pioneiro ao projetar aparelhos para a transmissão de imagens (a TV) e textos (o teletipo). Previu que as ondas curtas poderiam aumentar a distância das comunicações e também utilizou-se da luz para enviar mensagens, princípio das fibras ópticas. Tudo está documentado por patentes, manuscritos, noticiário da imprensa no Brasil e no exterior e testemunhos.
As pioneiras transmissões de rádio aconteceram no final do século XIX, ligando o alto de Santana – o Colégio Santana – à emblemática Avenida Paulista, que hoje abriga diversas antenas de emissoras de rádio e de TV.
Ao transmitir a voz, Landell se diferenciou de Marconi. O cientista italiano inventou o telégrafo sem fios, ou seja, a transmissão de sinais em código Morse (conjunto de pontos e traços) e não o rádio tal como o conhecemos.
As experiências do padre Landell não sensibilizaram autoridades e nem patrocinadores. Pior: um grupo de fiéis achou que o padre "falava com o demônio" e destruiu seus aparelhos.
Mesmo tendo patenteado o rádio no Brasil (1901), Landell não obteve reconhecimento. Decidiu, então, viajar para os Estados Unidos, onde conseguiu, em 1904, três cartas patentes. De volta ao Brasil, quis fazer uma demonstração das suas invenções no Rio de Janeiro, mas, por um erro de avaliação, o Governo não lhe deu a oportunidade. Depois, ele seria "forçado" a abandonar as experimentações científicas. Morreu no ostracismo e o Brasil importou tecnologia para entrar na era das radiocomunicações!
Landell de Moura está, agora, já em pleno século XXI, prestes a ver seu nome inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão Tancredo Neves, graças ao Projeto de Lei do senador Sérgio Zambiasi, que está atualmente em análise na Câmara dos Deputados. Estará, desse modo, ao lado de outros heróis como Tiradentes, Zumbi dos Palmares, Santos Dumont e Oswaldo Cruz.
Também receberá, em fevereiro, o título post-mortem de Cidadão Paulistano (que Marconi recebeu em vida), por iniciativa do vereador Eliseu Gabriel.
Há anos, ele é o patrono dos rádio amadores brasileiros e seu nome está em ruas e praças de várias cidades, em instituições públicas e em livros publicados no Brasil e no Exterior.
O Brasil tem agora a oportunidade de reconhecer a obra científica de Landell e incluir os seus feitos no currículo escolar obrigatório do ensino básico. É por isso que luta o MLM – Movimento Landell de Moura, integrado por voluntários de diferentes áreas, que construiu um site - www.mlm.landelldemoura.qsl.br – para angariar assinaturas em prol desse reconhecimento. Vale registrar que o MLM não tem fins político-partidário, religiosos, financeiros ou de promoção pessoal.

Responsáveis pelas informações e fontes para eventuais consultas:
Hamilton Almeida (hamilton_xxi@yahoo.com / 11- 7236-5560)
Zeza Loureiro (zezal@terra.com.br / 11-8555-5597)
Eduardo Ribeiro (eduribeiro@jornalistasecia.com.br / 11-9689-2230)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Memória: o jovem jornalista Petrônio Souto em evento esportivo, no Róger

No túnel do tempo o blog nesta nova postagem mostra uma foto do jovem jornalista Petrônio Souto, como mestre de cerimônia.

O evento era a solenidade de abertura de um campeonato de futebol do Róger, no campo de Onze Esporte Clube.

Na foto, Luís Coutinho, que foi secretário das Finanças do Estado e prefeito da Capital, ainda era secretário das Finanças do município de João Pessoa.
 
Ainda se pode ver Mário Teixeira (à esquerda, de perfil, quase cortado na foto), líder popular muito querido no bairro, e, à direita, Eusébia Coutinho, recentemente falecida, irmã de Luís Coutinho, também já falecido.
 

Rádios Tabajara na Paraíba, Ceará e Pará

A Rádio Tabajara da Paraíba, inaugurada em 1937, inspirou cearenses e paraenses a criarem emissoras com o mesmo nome Tabajara.

Desde março de 1990 existe na cidade de São Benedito, no Ceará, a Rádio Tabajara AM na frequência 870 khz e com 1000 w de potência.

Em 1995 a família Banhos assumiu o controle acionário da emissora e seu slogan passou a ser Banhos de Audiência.

Em Belém, capital do Pará, existe a Tabajara FM que é sintonizada no prefixo 106.1. Seu slogan é O Som da Amazônia no Coração do Mundo. A Tabajara FM de Belém-PA, não informa em seu site o ano de fundação.

Josélio Carneiro
Foto: capa de um CD artesanal produzido por Josélio

Microfone 'cabeça de gato', um dos símbolos da velha PRI-4

A Rádio Tabajara ainda hoje tem o velho microfone popularmente chamado de 'cabeça de gato', por seu formato. Todas as antigas emissoras de rádio utilizaram este modelo de microfone e hoje ainda se fabrica esses microfones que representam uma das principais marcas da radiofonia em todo o mundo.
Certo dia na Tabajara eu coloquei os fones de ouvido e segurei o velho microfone para documentar em foto que tenho em meu acervo.Este mesmo microfone foi utilizado por muitos profissionais da Tabajara ao longo desses 74 anos.

Veja a arte de Milton Nóbrega na capa do livro:

Josélio Carneiro

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Mércia Paiva, a garota que fez sucesso na Tabajara tocando acordeon

Na década de 1950 uma menina começou a tocar acordeon. Seu nome: Mércia Paiva.Já nos anos 70 ela morou no México e seu talento abriu as portas para o sucesso. Naquele tempo havia um forte preconceito se uma menina ou uma mulher tocasse acordeon, sanfona ou qualquer outro instrumento. "Por conta do sofrimento com o preconceito, passei mais de dez anos sem olhar sequer para um instrumento musical. Só peguei num acordeon, de novo, em Brasília", declarou Mércia em entrevista a Josélio Carneiro em 1996, em João Pessoa.

Nos anos 50 ela começou tocar acordeon aos sete anos, em programas de auditório da Rádio Tabajara. "Realmente eu fiz sucesso naquela época", relembra Mércia Paiva. Esteve na Tabajara por cerca de oito anos. Ela tocava músicas eruditas e  outros estilos nas quartas-feiras no programa 'O Encontro com Mércia Paiva,. Era levada à rádio por seu pai, grande incentivador.

Naquela época de ouro do rádio Mércia Paiva conviveu com o conjunto Os Tabajaras do Ritmo, Célia Maria, Penha Maria, Marlene Freire, Carmélia Alves, Adelaide quiozzo, Orlando Silva, Dircinha e Linda Batista, dentre outros artistas.

Um dos momentos marcantes de sua vida artística foi o encontro com o rei do baião Luiz Gonzaga. Gonzagão ficou encantando com o talento da menina.

Naqueles anos os artistas do rádio faziam muito sucesso e Mércia, a exemplo de muitos, recebia um grande volume de cartas dos fãs. Mércia conheceu na Tabajara o casal Jackson do Pandeiro e Almira Castilho.

A 'garota prodígio', como era chamada, também teve apresentações na Radio Tupy, no Rio, e na Rádio Tamandaré, em Recife. Aqui na Paraíba viajou muito pelo interior, tocando em festas de padroeiras em Patos, Guarabira, Sapé, Princesa Isabel,dentre outras cidades.

Em João Pessoa, sua terra natal, Mércia Paiva formou-se em Bioquímica e exerceu a profissão na Universidade de Brasília. Nos anos 80 aposentou-se e veio morar na capital paraibana.

Walter Lins, nos anos 50, integrou o Trio Jaçanã, no cast da Tabajara


Na foto, eu entrevistava Walter Lins, em 1996, na Radio Clube de Pernambuco


Na produção do livro 'Tabajara - A  Rádio da Paraíba', obra publicada pelo governo da Paraíba em dezembro de 2002, eu entrevistei diversos personagens da história da mais antiga emissora do Estado. Estive em Recife e nos estúdios da Rádio Clube de Pernambuco, entrevistei Walter Lins, um dos integrantes do conjunto musical Trio Jaçanã, que fez muito sucesso com Zé Pequeno, Marlene Freire, nos anos 50. O trio teve inicialmente Braulita Cavalcante e depois Penha Maria, Marlene Freire fez parte da última formação do trio.

Entrevistei ainda Ruy de Assis, Jacy Cavalcanti, maestros Severino Araújo e Moacir Santos, a acordionista Mércia Paiva, o poeta repentista Otacílio Batista, o Cantor Jorge Tavares(Palmolive), o radialista Geraldo Cavalcanti, Abelardo Menezes, o plantonista esportivo Ernani Norat, Francisco Ramalho, Ivan Bezerra, Airton José, a radialista Ana Paula, Walter Cartaxo, Clodoaldo Oliveira, além de Zé Pequeno e Marlene Freire.

O projeto do livro teve início em 1996, seria para comemorar os 60 anos da Tabajara no ano seguinte, mas, somente publiquei a obra em 2002.

Os demais textos do livro são depoimentos de ex-diretores da emissora e de profissionais da rádio. O prefácio coube ao então secretário de Comunicação do Governo, jornalista Luiz Augusto Crispim. Todas as entrevistas, os contatos, as pesquisas, fiz por conta própria, não houve patrocínio. Com o material concluído, tive o apoio do governo na reprodução de boa parte das fotografias e na impressão do livro na editora de A União. Ainda hoje a obra pode ser encontrada em algumas livrarias de João Pessoa a exemplo do Sebo Cultural.

Josélio Carneiro, com fotos de seu arquivo

Orquestra Tabajara já foi assistida por mais de 20 milhões de pessoas - Livro conta a história de sucesso da big band do maestro Severino Araújo

Em 2010 o memorialista Carlos Coraúcci publicou, pela Companhia Editora Nacional, o livro “Orquestra Tabajara de Severino Araújo – a vida musical da eterna big band brasileira”
A obra resgata a história de sucesso da orquestra liderada por Severino Araújo, um pernambucano nascido em Limoeiro em 1917 e que hoje está com 93 anos de idade.

A Orquestra Tabajara foi criada em 1933, aqui em João Pessoa e é a mais famosa orquestra popular brasileira, a mais antiga em atuação. A Tabajara foi inspirada nas big bands americanas e contribuiu com a modernização da música brasileira.

De acordo com a assessoria de imprensa da Companhia Editora Nacional, a atualidade da herança sonora da orquestra mantém-se viva graças à inventividade dos músicos que passaram pela orquestra (registrada em mais de cem discos), ao alto nível e à abrangência de seu repertório – que percorre desde temas clássicos de gêneros genuinamente brasileiros, como o frevo e o choro, até standards da canção americana – e à excelência musical de seu maestro, Severino Araújo.

Talento múltiplo, Severino tem lugar garantido na história da MPB como compositor (é dele Espinha de bacalhau, peça essencial do repertório do choro), instrumentista exímio, seguro band leader e genial arranjador. Em uma época fecunda de grandes maestros e arranjadores, como Radamés Gnatalli, Guerra Peixe e Leo Peracchi, cujo centro de gravidade eram as rádios Tupi e Nacional, Severino conquistou lugar entre os maiores. Com seus arranjos “agressivos” e totalmente diferentes do que se fazia na época (nas palavras do saxofonista e clarinetista Paulo Moura, ele próprio um ex-Tabajara), sua influência perdura até hoje. Este livro agradará tanto aos fãs de Severino Araújo e seus músicos endiabrados, quanto a musicólogos, pesquisadores e apreciadores da música em geral, curiosos em conhecer mais a fundo nossa MPB.


O autor do livro Carlos Henrique Coraúcci - Escritor e memorialista, nasceu em Franca-SP. É autor de Um show de rádio – a vida de Estevam Sangirardi (São Paulo, A Girafa, 2006) e organizador de Histórias... que a história não contou- fatos curiosos em 60 anos de rádio e TV, de Paulo Machado de Carvalho Filho (São Paulo, Companhia Editora Nacional, 2006).

Serviço:
Livro: A Orquestra Tabajara de Severino Araújo – a vida musical da eterna big band brasileira
Autor: Carlos Henrique Coraúcci
Editora: Companhia Editora Nacional
Páginas: 296 texto / caderno com mais de 50 fotos / Total de páginas: 336
Preço: R$ 39,90
ISBN: 9788504015997

Jornalista responsável: Luís Fernando Guidi – MTB: 55723/SP
Mais informações na assessoria de imprensa da Companhia Editora Nacional.
press@editoranacional.com.br / Tel: (11) 2799-7799 ramal 1275 / Cel: (11) 9889-5831



Veja outra matéria sobre o livro de Coraúcci:



Por: Roberta Pennafort - O Estadao de S.Paulo

Aos 8 anos, o menino Severino Araújo era reconhecidamente um fenômeno. Filho do mestre de banda Cazuzinha, ele era tido como "ouvido absoluto", capaz de ajudar o pai a dar aulas para seus instrumentistas, tomando-lhe lições. Trocava qualquer brincadeira por música. Aos 12 anos, dominava vários instrumentos de sopro e já compunha; aos 16, esboçava os primeiros arranjos. A história de Severino e da orquestra Tabajara, que viria a reger poucos anos depois - até 2005, os 88 anos, quando se afastou, dando lugar ao irmão, Jaime, saxofonista, de 85 - é contada em Orquestra Tabajara de Severino Araújo - A Vida Musical da Eterna Big Band Brasileira.

A Tabajara é a mais longeva orquestra de baile do Brasil - está em atividade desde 1933. Nasceu na Paraíba, terra de Severino e sua família, inspirada em big bands americanas. Em 1945, veio para o Rio para brilhar nas rádios e nos salões de baile da então capital.

Gravou mais de cem discos, acompanhou os principais artistas brasileiros (Tom Jobim, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tim Maia), fomentou talentos de muitos músicos (o clarinetista Paulo Moura integrou seus quadros), apresentou-se para presidentes da República (Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek), pôs gerações de pés de valsa para dançar juntinho - Coraúcci estima que mais de 20 milhões de pessoas já tenham visto/ouvido suas apresentações, de Manaus a Porto Alegre, sem contar com as viagens ao exterior.

O autor entrevistou mais de cem pessoas e se apoiou na boa memória de Severino e de seus irmãos, Jaime e Plínio, de 88 anos, baterista, e de outros músicos. Eles lembraram histórias deliciosas sobre grandes festas - dos 70 anos do escritor Ziraldo ao casamento do cantor Lobão. E também sobre a convivência com crooners célebres, como Elizeth Cardoso e Jamelão.

Os 21 músicos da Tabajara - a maior parte, veteranos de cerca de 70 anos - seguem na ativa, embalando aniversários, formaturas e festas de réveillon, a cerca de R$ 10 mil por noite. A demanda já chegou a 30 por mês, mas hoje são dez. Jaime não reclama. "Tem bandas por aí que fazem mais barato, mas elas não são a Tabajara..." Severino sempre adaptou os sucessos do momento para a sonoridade da orquestra. O problema é que guarda todos os arranjos na cabeça, o que agora dificulta um pouco para o irmão... "Ele nunca foi um purista", diz Coraúcci. "Tornou-se uma referência em todo o País, eu comprovei."

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

1995 - A Tabajara no Adeus a Mariz

Naquele domingo 17 de setembro de 1995, os paraibanos se despediram do governador Antonio Mariz, que havia falecido às 18h45 do sábado 16, na Granja Santana, residência oficial do governador. Liderando um pool de 40 emissoras de toda a Paraíba, a Rádio Tabajara AM transmitiu cerca de nove horas de notícias sobre o acontecimento que enlutou o Estado.

As reportagens ocorreram durante o velório, no Palácio da Redenção, o cortejo e o sepultamento, no cemitério Senhor da Boa Sentença, em João Pessoa. A cadeia de rádio foi a maior já formada na história da Paraíba.

O trabalho resultou no livro ‘O Adeus a Mariz’, uma publicação da parceria Rádio Tabajara, TextoArte e A União. O livro tem 167 páginas e algumas fotografias. A Tabajara transmitiu depoimentos, informações e narrações na ‘Cadeia da Solidariedade’.

Coube ao repórter Edmilson Pereira, transmitir ao vivo a notícia da morte do governador Antonio Mariz, através do senador Ney Suassuna, às 18h58 do sábado 16 de setembro. A confirmação da morte do governador veio logo em seguida na voz do secretário Walter Santos.

À época, o diretor superintendente da Tabajara era o jornalista Petrônio Souto. O jornalista e radialista Lenilson Guedes era o diretor de operações e Hélio Braga o diretor-administrativo. O jornalista Eraldo Nóbrega comandava A União. Sólon Benevides era o secretário-chefe da Casa Civil e o jornalista Giovanni Meireles, o coordenador de Comunicação do Governo Maranhão.

O livro ‘O Adeus a Mariz’ teve projeto e coordenação editorial do jornalista Fernando Moura, a revisão coube aos jornalistas Paulo Santos e Silvana Sorrentino. Antonio David assinou as fotos e Lenilson Guedes fez a transcrição e digitação das quase nove horas de transmissão. Em setembro de 1995 eu (Josélio Carneiro), repórter da Tabajara desde 1989, já estava à disposição da Secom-PB, na condição de chefe do núcleo de rádio. Não participei da transmissão, apenas ouvi alguns flashes e acompanhei o velório e a saída do cortejo fúnebre, testemunhando algumas colegas noticiando os fatos, ao vivo.


Na foto acima, o governador Mariz recebe no Palácio,  amigos da cidade de Sousa, entre eles, Inaldo Leitão. 

Nos estúdios da Tabajara se revezavam na locução como âncoras: Geraldo Cavalcanti (que faleceu recentemente), Germano Barbosa, Petrônio Souto, Lenilson Guedes, Airton José, Hermano Ponce (já falecido), e Carlos Antonio, o grande nome da Tabajara que comando por muitos anos o programa Show das 13. Na reportagem atuaram Assis Mangueira, Lenilson Guedes, Biu Batista, Edmilson Pereira e João de Sousa. Diversos técnicos de externa e operadores de áudio tornaram possível a transmissão que envolveu ainda motoristas, telefonistas e outros funcionários da emissora oficial do governo.
 Nesta foto governador Mariz recebe em audiência no Palácio da Redenção, um grupo de empresários sob a liderança de João da Mata.

   
Por Josélio Carneiro
Fotos: capa do livro O Adeus a Mariz e arquivo pessoal de Josélio

1996 - Repórter da Rádio de Havana retribui visita de Petrônio Souto a Cuba e conhece João Pessoa

Em 1996 o jornalista Igor López de Godoy, da Rádio de Havana (Cuba), retribuiu visita que o então superintendente da Rádio Tabajara, jornalista Petrônio Souto, fez a Havana, meses antes.

López conheceu o Centro Histórico de João Pessoa, o Palácio da Redenção, e, acompanhado de Petroônio Souto, do diretor de programação Lenílson Guedes e da ex-vereadora Paula Frassinete, o locutor cubano conheceu também a cidade de Cabedelo.

A Tabajara talvez tenha sido a única emissora do mundo a ter relações estreitas com A Voz da América (EUA), com a BBC de Londres e com a Rádio de Havana, sinal de que, na segunda metade da década de 90, já havia uma certa distensão política no mundo.

"Um intercâmbio simultâneo entre essas emissoras seria simplesmente impossível, no auge da chamada guerra fria", avalia Petrônio.

 

domingo, 16 de janeiro de 2011

Repórter da Voz da América Visita Tabajara

O jornalista baiano Luís Amaral, que trabalha há muitos anos na rádio Voz da América, dos Estados Unidos, visitou a Rádio Tabajara quando Petrônio Souto era o diretor-superintendente da emissora do Governo da Paraíba.

Luís Amaral prestou importante apoio no projeto para estabelecer conexão por satélite da tabajara com a emissora norte-americana.

Este intercâmbio colocou a Tabajara no circuito internacional da notícia. Assim, em certa época, a Tabajara foi referência mundial.

Na foto (no Hotel Globo), Luís Amaral, (camisa colorida), na companhia de Petrônio Souto, visita o Centro Histórico. Na ocasião ele foi ciceroneado pela arquiteta Naya Caju, da Comissão do Centro Histórico.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Anos 90 - Tabajara firma parceria com a Radiobrás

Este blog segue contando a história da Rádio Tabajara que neste 25 de janeiro de 2011 completa 74 anos no ar. Mais notícias da Rádio Tabajara na gestão Petrônio Souto. As fotos são da solenidade de assinatura do 'Convênio de Cooperação Técnica' entre a Radiobrás e a Rádio Tabajara, no Palácio da Redenção. O governador era José Maranhão.

Esse convênio facilitou muito as coisas para a Tabajara, acelerando a outorga (concessão) da Tabajara FM. A Tabajara se tornou parceira da Rádio Nacional em um programa semanal de rádio para as Forças de Paz da ONU, em Angola, composta por militares de quartéis sediados no Nordeste, inclusive do RCMec de Bayeux.

Na época, o presidente da Radiobrás era o deputado federal (PMDB-PE) Maurílio Ferreira Lima, um grande amigo da Rádio Tabajara naqueles anos. De acordo com Petrônio Souto, o parlamentar Apoiou mais a Tabajara, em Brasília, do que os próprios políticos paraibanos.

A Tabajara caiu nas graças dos soldados brasileiros e através do Cel. Wellington Fonseca, então comandante do RCMec, foram organizados shows com cantores paraibanos que se apresentariam em duas cidades angolanas (Luanda e Lobito). Estava tudo certo para a ida dos artistas locais, quando o Estado-Maior do Exército desaconselhou a ida da caravana artística, por causa do agravamento da crise entre o Governo Angolano e a guerrilha da UNITA, situação que deixou alguns soldados brasilerios como reféns da guerrilha.

O blog está aberto a colaborações de parceiros: radialistas, jornalistas, ex-diretores, atuais diretores, ouvintes, que podem participar nos enviando fotos, notas, sugestões, e até áudios.

Fotos do arquivo de Petrõnio Souto

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Tabajara no intercâmbio com as rádios Voz da América, Havana e BBC de Londres

Em abril de 1996, o jornalista Petrõnio Souto visitou Cuba, na condição de Superintendente da Radio Tabajara.

Na foto, Petrônio concedia uma entrevista ao jornalista Igor López de Godoy, do "Serviço Português" da Rádio de Havana. Meses depois, Igor López de Godoy retribuiu a visita.

Em João Pessoa, Petrônio Souto, Lenílson Guedes e a ex-vereadora Paula Frassinetti fizeram as honras da casa ao enviado da Rádio de Havana.

Na gestão de Petrônio houve intercâmbio com A Voz da América (EUA), BBC de Londres (UK) e Rádio de Havana (Cuba). Com A Voz da América, a Tabajara chegou a estar interligada via satélite, o que colocou a emissora no circuito internacional da notícia. Para a época (1995-1997) era uma coisa avançada, comentou Petrônio.


A foto e as informações nos foram passadas por Petrônio Souto.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Posse dos diretores da Rádio Tabajara e jornal A União, no governo Mariz

A 'nação Tabajara' vai atualizando conosco este blog. Veja a foto e a nota que nos enviou o jornalista Petrônio Souto, superintedente da Tabajara no Governo Antonio Mariz:

1995. Governo Antônio Mariz. As posses dos superintendentes de A União e Rádio Tabajara foram conjuntas, lá na sede do jornal A União. Na foto, o secretário de Comunicação, Walter Santos, estava dando posse a mim (Superintendência da Tabajara) e a Itamar Cândido (Superintendência de A União).

Identificando: da esquerda para a direita: Lenílson Guedes, Di Lorenzo Marsicano, Walter Santos (discursando), eu, Hélio Marques Braga, nomeado diretor administrativo-financeiro da Tabajara, Itamar Cândido, o procurador Tercílio Cruz, Nelson Coelho, deputado federal Ricardo Rique e Goretti Zenaide (diretora-geral da Secom).

Éramos eu, Hélio Marques Braga e Lenílson Guedes, o trio nomeado por Mariz.Depois, o ex-vereador Lourenço di Lorenzo Marsicano, nomeado para a diretoria dministrativo-financeira de A União, acabou substituindo Hélio Marques Braga, na Tabajara.

Foto: arquivo de Petrônio Souto

Rádio Tabajara - um registro histórico nos 60 anos da emissora

Em 1995 a Subscretaria de Cultura do Estado da Paraíba publicou o livro 'Rádio Tabajara- Um registro Histórico', de autoria da pesquisadora Maria de Lourdes Luna. A obra tem 58 páginas e 24 fotografias que contam páginas da história da emissora do governo.

Lourdinha Luna faz um registro da Tabajara, a antiga PRI-4 nos governos de Argemiro Figueiredo (fundador), Ruy Carneiro, José Américo e cita um pouco da rádio em outros governos.
Dentre as fotos do livro algumas que estão no meu livro 'Tabajara, a Rádio da Paraíba' e outras muito raras: O jovem Sivuca na sanfona; Orquestra Tabajara; Os Tabajaras do Ritmo; a cantora Marlene Freire em apresentação com o conjunto Regional Tabajara; maestro Severino Araúno; Teones Barbosa e Eclipse, quando jovens.

O livro de Lourdinha Luna registrou os 60 anos da Rádio Tabajara AM e é um dos documentos em minha biblioteca.

Josélio Carneiro

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Tabajara FM é ouvida em Carnaubais, no RN

Pessoal, descobri nesta terça-feira (11), à noite, que Magno Marques, um blogueiro de Carnaubais, no Rio Grande do Norte, sintonizou lá em sua cidade a Tabajara FM.

Veja o que ele diz em seu blog:

'Rádio Tabajara FM chega bem aqui em Carnaubais. Ontem a noite captei a Rádio Tabajara FM 105,5mhz de João Pessoa-PB, esta emissora me fez lembrar o tempo de infância quando morava com os meus avós na Cidade Histórica oportunidade em que passavamos horas ouvindo a Tabajara AM'.

Em seu blog Magno reproduziu algumas notas e fotos do blog radiotabajarapb.blogspot.com. Valeu Magno. Estamos apenas começando o blog. Vamos estruturar melhor, colocar alguns áudios e temos muitas fotos da época de ouro do rádio para postar. Tenho família em Natal, passo férias em Ponta Negra, há alguns anos.

Foto: painel do blog magnomarquescarnaubais.blogspot.com

domingo, 9 de janeiro de 2011

Rádio Tabajara será dirigida por uma mulher pela 1ª vez em 74 anos de história

A radialista Duda Santos, ao ser anunciada neste sábado (9) para a Superintendência da Rádio Tabajara, entra para a história do Governo da Paraíba como a primeira mulher a assumir o cargo em 74 anos de existência da emissora oficial. No jornal A União duas jornalistas foram nomeadas: Albiege Fernandes(diretoria técnica) e Beth Torres (diretoria de operações). Beth e Albiege talvez sejam as primeiras mulheres a assumirem cargos de direção no centenário jornal A União, o terceiro mais antigo do Brasil.

O governador Ricardo Coutinho, a exemplo das duas administrações na prefeitura de João Pessoa, nomeia diversas competentes mulheres para o seu secretariado no Governo do Estado. Até agora ao menos vinte mulheres estão assumindo secretarias e autarquias estaduais. Veja a lista abaixo.

Aracilba Rocha - Secretária de Estado de Finanças; Márcia Lucena (Executiva). Cida Ramos - Secretária de Estado de Desenvolvimento Humano; Edina Wanderley (Executiva).  Márcia Lucena- (Executiva da Educação); Iraê Lucena - Secretária de Estadual de Mulheres e Diversidade Humana; Livânia Farias - Procuradoria Geral do Estado.

Na Comunicação, até o momento, o governador nomeou quatro profissionais: Duda Santos – diretora superintendente da Rádio Tabajara; Albiege Fernandes – diretora técnica de A União; Beth Torres – diretora de operações de A União; Marly Lúcio – diretora executiva de jornalismo da Secom.

A Delegada Daniela Vicuuna - Gerente Executiva de Polícia Civil Metropolitana. Ana Torres – presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba– AESA. Margarete Bezerra – presidente da Cinep – Companhia de Desenvolvimento da Paraíba; Emília Correia Lima, presidente da Cehap – Companhia Estadual de Habitação Popular; Maria da Luz – Presidente do Instituto de Assistência à Saude dos Servidores – IASS. Lu Maia – presidente da Funesc – Fundação Espaço Cultural; Klébia Maria Ludgerio Borba – Coordenadora do Procon Estadual; Ruth Avelino – presidente da PBTUR – Empresara Paraibana de Turismo; Alba Lígia Brindeiro Araújo de Oliveira – presidente do Lifesa – Laboratório Industrial Farmacêutico do Estado da Paraíba; Denise Albuquerque de Oliveira - Presidente da FAC – Fundação de Ação Comunitária.


Por: Josélio Carneiro