terça-feira, 31 de janeiro de 2012

ENCONTRO MARCADO, por Ramalho Leite


Ramalho Leite, atual superintendente de A União, teve programa na
Rádio Tabajara na década de 1960 

Na época em que a telefonia engatinhava por estas bandas e nem se sonhava com a invenção do celular, era através de cartas que os ouvintes participavam dos programas de rádio. Respondendo a um missivista, o governador João Agripino provocou o maior “rebu” no seio da classe médica paraibana e chamou a atenção do público para o programa Encontro Marcado que eu fazia na Tabajara, com direito até a auditório, no antigo prédio da rua da Palmeira.

 O ouvinte indagava do Governador se ele não achava que era muito pouco o salário que o Estado pagava a um médico. Fiz a  pergunta com a carta na mão. JA não me deixou dobrar a carta e em cima da bucha, respondeu:
- É pouco para quem trabalha e muito para quem não faz nada...

Lembro da reação de associações e sindicatos da área de saúde protestando contra essa assertiva do Chefe do Executivo. Naquele tempo o médico fazia que trabalhava e o Estado fazia que pagava, mas ninguém ousava proclamar essa verdade.Quando arranquei isso da boca do Governador, o mundo veio abaixo. Muito parecido com essa história da gestão compartilhada do Hospital de Trauma...

O Governador Agripino foi o primeiro entrevistado do meu programa.Eu  era  redator da Tabajara nomeado por Pedro Gondim. Agripino apertou o cerco às acumulações e fui dos primeiros a pedir exoneração “sob protesto” asseverei na petição dirigida a Antonio Carlos Escorel, Secretário da Administração.

Outra entrevista palpitante e corajosa foi dada ao programa por Dom Helder Câmara, então Arcebispo de Olinda e Recife. A “redentora” de 64 dava os primeiros passos e o prelado já estava caminhando para a lista dos inimigos do regime. Prometeu a mim e a Ivan de Brito que viria e chegou na hora certa, respondendo sem restrições às perguntas dos ouvintes.


O momento político que o País vivia não poderia dar fôlego a um programa aberto às perguntas da sociedade. Duraria pouco, apesar dos esforços do Geraldo Cavalcanti em me ajudar na montagem do programa, presenteando os ouvintes com recursos de  sonoplastia que evitava a monotonia provocada pela sua duração excessiva, a depender do entrevistado.

Essas lembranças da minha vida de radialista vêm a propósito dos 75 da Radio Tabajara, comemorados semana passada. Minha ligação com a emissora,  me fez entusiasta, alguns anos mais tarde, da tarefa hercúlea de Evaldo Gonçalves, trazendo a Orquestra Tabajara para apresentação no Clube Cabo Branco, em evento que marcou os 150 anos do Poder Legislativo. Na ocasião, o maestro Severino Araújo recebeu o titulo de Cidadão Paraibano, (projeto de Evaldo) e dedicou a honraria à Radio Tabajara, que deu nome e fama a sua orquestra.

Essa emissora, hoje dirigida por Duda Santos, tem história para contar. Por sua direção passaram ilustres paraibanos, a exemplo de Linduarte Noronha, que ontem partiu para a cidadela de Aruanda.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Tabajara, uma paixão

Por Josélio Carneiro
Texto publicado na revista dos 75 anos da emissora, publicada por A União no domingo, 29 de janeiro de 2012

        Meu primeiro contato com a Rádio Tabajara ocorreu há 42 anos, em Nova Cruz-RN. O ano era 1969 e eu estava com oito anos de idade. Nesta época ainda eram poucas as emissoras de rádio e o sinal da Tabajara chegava bem em muitas cidades do Rio Grande do Norte, Pernambuco, Ceará e outros estados nordestinos. Lembro que ouvia  Jonildo Cavalcanti, pela manhã, no programa Bom Dia Trabalhador. O Show das 13, com Carlos Antonio, era outro campeão de audiência.
Sou repórter da Rádio Tabajara 
desde 2 de janeiro de 1989        

 Dez anos depois, em 1979, minha família veio morar em João Pessoa. Ficou mais freqüente minha sintonia com a antiga PRI-4. Uma década depois, em 1989, realizo um sonho: Ingresso na Tabajara como estagiário. Era estudante do curso de comunicação social na UFPB. Cheguei na emissora através de Fernando (Sapé) Rodrigues. Em dezembro de 1990 o então diretor Sílvio da Silva Tó assinou minha carteira. Neste mês de janeiro de 2012 completei 23 anos como repórter da Tabajara. Sou um dos fundadores da Associação dos Servidores da Rádio Tabajara – Assert, entidade que presidi por dois mandatos.
Em agosto de 1999, testemunhei a inauguração da Tabajara FM 105.5. A solenidade aconteceu na praça do povo do Espaço Cultural José Lins do Rego. A Orquestra Tabajara veio a João Pessoa para a solenidade de inauguração da FM.


Momento de autógrafo em 2002


No ano de 2002 o então secretário de Comunicação do Governo Luiz Augusto Crispim, autorizou que A União publicasse a coletânea Tabajara – 65 anos – a Rádio da Paraíba, obra que idealizei em 1995. O lançamento ocorreu na própria emissora, na ocasião o diretor-presidente era o jornalista Genésio de Souza. O livro tem 150 páginas, 57 textos e 67 fotografias. São depoimentos de Luiz Augusto Crispim, Genésio de Souza, Ruy Leitão, Lenilson Guedes, Nakamura Black, Claudete Andrade, Hélo Zenaide, Martinho Moreira Franco, Ivan Bezerra, Ipojuca Pontes, Humberto Lucena, Eudes Moacir Toscano, Oduvaldo Batista, Linduarte Noronha, Deodato Borges, Severino Ramos, Carlos Romero, Paulo Santos, Petrônio Souto, Gilson Souto Maior, Manoel Raposo, Antonio Barreto Neto, Adalberto Barreto, José Octávio de Arruda Mello.
Há ainda textos sobre Marlene Freire, Geraldo Cavalcanti, Zé Pequeno, Walter Lins, Ruy de Assis, Jackson do Pandeiro, Otacílio Batista, Mércia Paiva, maestros Rino Visani, Severino Araújo e Moacir Santos, além de Genival Macedo, Ana Paula, Paulo Rosendo, Paschoal Carrilho, grandes nomes que escreveram páginas de suas vidas nos microfones da velha PRI-4.
O livro se tornou fonte de pesquisa para estudantes de comunicação e demais interessados em saber um pouco sobre a rádio pioneira do estado. De Ímola, na Itália, o maestro Rino Visani nos enviou fotos de seu período na Paraíba. Ele foi um dos contratados pela Tabajara em 1953, pelo então diretor Antonio Lucena.
Do Rio de Janeiro, Ipojuca Pontes nos enviou excelente texto sobre sua passagem na emissora na década de 60. Na Rádio Clube de Pernambuco, no Recife, entrevistamos Walter Lins, que integrou o famoso Trio Jaçanã, com Zé Pequeno e Marlene Freire, numa de suas formações. Boa parte das fotos nos foram cedidas por Ninotcka Carrilho, filha de Paschoal Carrilho considerado na época de ouro do rádio o ‘príncipe dos auditórios’.
A Rádio Tabajara, junto com a Orquestra Tabajara, são instrumentos que ajudaram nos últimos 75 anos a divulgar a Paraíba no país e em parte do mundo. A Tabajara é uma paixão de milhares de ouvintes e dezenas de radialistas e jornalistas de ontem e de hoje. Com certeza, proporcionará novas paixões amanhã e sempre.

sábado, 28 de janeiro de 2012

A União publica revista sobre as bodas de diamante da Rádio Tabajara

Os 75 anos da Rádio Tabjara. Para documentar as bodas de diamante a direção da Tabajara em parceria com o jornal A União publicaram na edição do jornal deste domingo (29), uma revista com 28 páginas ilustradas com fotografias atuais e de várias épocas da antiga PRI-4.


 A Rádio Tabajara AM completou na quarta-feira, 25 de janeiro, 75 anos de fundação. A emissora do Governo do Estado foi inaugurada em 1937 pelo governador Argemiro de Figueiredo. É a primeira rádio da Paraíba e uma das 100 mais antigas do Brasil.
A revista traz tópicos dos acontecimentos na emissora ao longo dessas sete décadas e meia através de depoimentos de radialistas, jornalistas, ex-diretores, além de depoimentos do governador Ricardo Coutinho, de artistas e uma entrevista com a superintendente da rádio radialista Maria Eduarda Santos de Figueiredo (Duda Santos), primeira mulher a assumir o cargo em 75 anos da emissora. A rádio ganhará um novo transmissor este ano. 

O leitor poderá conferir informações sobre o radiojornalismo da Rádio Tabajara, a programação da AM e da FM, texto sobre publicações a respeito da rádio. A revista também reproduz algumas notícias de A União sobre a inauguração em 1937 e os aniversários de 10, 30 e 40 anos da rádio mais antiga do Estado. 
A passagem pela emissora da Orquestra Tabajara e do maestro Severino Araújo também é documentada na publicação dos 75 anos da Tabajara AM. A revista também presta uma homenagem aos profissionais ou pessoas que dirigiram a rádio e que são falecidos.
Todos os textos estão ilustrados com fotos do momento atual e fotos do passado. Da chamada época de ouro rádio, anos 1940, 1950 e 1960, a revista publica diversas fotos com grandes nomes da música brasileira que foram atrações nos palcos da Rádio Tabajara a exemplo de Luiz Gonzaga, Ângela Maria, Cauby Peixoto. Cantores internacionais como Bievenido Granda também cantaram na Tabajara. Tanto a Tabajara AM como a Tabajara FM dedicam cerca de 25% de suas programações à música paraibana. 
Em 2002 o jornal A União publicou o livro Tabajara – 65 anos – a Rádio da Paraíba, uma coletânea organizada pelo repórter da emissora Josélio Carneiro. Na revista dos 75 anos o leitor verá alguns trechos de depoimentos de personagens que escreveram e escrevem a história da Tabajara AM. 

Jornal A União publica neste domingo, 29, revista comemorativa aos 75 anos da Rádio Tabajara

Josélio Carneiro

A Rádio Tabajara AM completou na quarta-feira, 25 de janeiro, 75 anos de fundação. A emissora do Governo do Estado foi inaugurada em 1937 pelo governador Argemiro de Figueiredo. É a primeira rádio da Paraíba e uma das 100 mais antigas do Brasil. Para documentar as bodas de diamante a direção da Tabajara em parceria com o jornal A União publica neste domingo (29), uma revista com 28 páginas ilustradas com fotografias atuais e de várias épocas da antiga PRI-4.
A repórter da TV Correio, Glaucia Araújo entrevista Airton José, (Bolinha). 
Ele tem mais de 30 anos de Rádio Tabajara

A revista traz tópicos dos acontecimentos na emissora ao longo dessas sete décadas e meia através de depoimentos de radialistas, jornalistas, ex-diretores, além de depoimentos do governador Ricardo Coutinho, de artistas e uma entrevista com a superintendente da rádio radialista Maria Eduarda Santos de Figueiredo (Duda Santos), primeira mulher a assumir o cargo em 75 anos da emissora. A rádio ganhará um novo transmissor este ano. 

O leitor poderá conferir informações sobre o radiojornalismo da Rádio Tabajara, a programação da AM e da FM, texto sobre publicações a respeito da rádio. A revista também reproduz algumas notícias de A União sobre a inauguração em 1937 e os aniversários de 10, 30 e 40 anos da rádio mais antiga do Estado. 
A passagem pela emissora da Orquestra Tabajara e do maestro Severino Araújo também é documentada na publicação dos 75 anos da Tabajara AM. A revista também presta uma homenagem aos profissionais ou pessoas que dirigiram a rádio e que são falecidos.

Todos os textos estão ilustrados com fotos do momento atual e fotos do passado. Da chamada época de ouro rádio, anos 1940, 1950 e 1960, a revista publica diversas fotos com grandes nomes da música brasileira que foram atrações nos palcos da Rádio Tabajara a exemplo de Luiz Gonzaga, Ângela Maria, Cauby Peixoto. Cantores internacionais como Bievenido Granda também cantaram na Tabajara. Tanto a Tabajara AM como a Tabajara FM dedicam cerca de 25% de suas programações à música paraibana. 

Em 2002 o jornal A União publicou o livro Tabajara – 65 anos – a Rádio da Paraíba, uma coletânea organizada pelo repórter da emissora Josélio Carneiro. Na revista dos 75 anos o leitor verá alguns trechos de depoimentos de personagens que escreveram e escrevem a história da Tabajara AM. 

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Rádio Tabajara completou 75 anos dia 25 de janeiro

A Rádio Tabajara AM completou 75 anos nesta quarta-feira (25). Para marcar a data, a emissora incluiu em sua programação depoimentos de personalidades que estiveram presentes em sua história como veículo de imprensa radiofônica estadual.

Sede atual construída em 1985 no governo Wilson Braga

As comemorações pelo aniversário da rádio foram um dos temas abordados pelo governador Ricardo Coutinho na última edição do Programa “Fala Governador”, transmitida nessa segunda-feira (23) pela emissora. “Poucos Estados têm uma rádio própria que seja tão antiga e com tantas histórias. Ao longo desse tempo, ela contou a história política, social e esportiva da Paraíba, o que torna a Tabajara uma emissora indispensável para o Estado”, disse o governador.

Ele destacou as reformulações feitas pela atual gestão na programação da emissora, que ganhou impulso com foco no serviço, na cultural local, na informação e no entretenimento. “Agora é uma emissora plural, que recebe todas as tendências, porque a rádio não é do governante, mas do Estado. Aliando isso a uma programação musical de qualidade, que toca música da Paraíba, a Tabajara passa a ser muito mais respeitada”, avaliou Ricardo.

Primeiro prédio da emissora construído nos anos 30, 
no governo Argemiro Figueiredo e demolido nos anos 80

Histórico – As primeiras transmissões da Rádio Tabajara, com 10 kW de potência, ocorreram em 25 de janeiro de 1937, quando surgiu a então Rádio Difusora do Estado (PRI 4), inaugurada pelo governador Argemiro de Figueiredo.

Os equipamentos foram montados pela empresa Byington & Cia, que instalou os transmissores na Fazenda São Rafael, área onde, em 1985, foi inaugurada a atual sede da emissora. Em abril do mesmo ano, a emissora passou a ser denominada Rádio Tabajara, em homenagem aos índios Tabajara.

A primeira sede da Tabajara, construída na Rua Rodrigues de Aquino, no Centro de João Pessoa, foi demolida na década de 80 para se construir no local o então Fórum da Capital. Depois, a emissora funcionou por vários anos em um prédio na Avenida João Machado, ainda existente. Em 1985, o então governador Wilson Braga construiu e inaugurou a sede atual, localizada na comunidade São Rafael, bairro da Torre, local onde, em 1937, foram instalados os transmissores da rádio. 

A idéia que originou a emissora surgiu da iniciativa de um grupo de amigos que, na década de 30, colocou no ar uma rádio artesanal: a Rádio Clube da Paraíba, que funcionou numa casa no bairro do Roger, nas imediações do Parque Arruda Câmara. Os amigos levaram a proposta para o governador e o Estado criou a Rádio Tabajara.

Cobertura de Copas – Nas sete décadas e meia de vida, a Rádio Tabajara AM – sintonizada na freqüência de 1.110 Khz – se mantém como referência em transmissões esportivas, com os maiores índices de audiência.

A chamada equipe “nota dez” da Tabajara fez coberturas de várias Copas do Mundo. Em 1982, na Espanha, foi enviado o repórter Marcondes Brito; em 1986, no México, o narrador foi Ivan Thomaz, com comentários de Fernando Heleno e reportagens de João de Sousa; na Itália, em 1990, a narração foi de Eudes Moacir Toscano, e a reportagem, de João de Sousa.

Na Copa do Mundo dos Estados Unidos, em 1994, a Tabajara enviou o correspondente João de Sousa, em parceria com a Rádio Clube de Pernambuco. Nos campeonatos paraibanos de futebol, a emissora é a mais ouvida pelo torcedor, nos estádios ou em casa.

Radiojornalismo – Entre os programas de destaque da Tabajara está o Jornal Estadual, no ar há 40 anos. O noticiário é retransmitido por uma rede de emissoras em todo o Estado, de segunda a sexta-feira, das 6h às 7h.

O programa semanal do governador, em que o gestor faz uma espécie de prestação de contas das ações do Governo e responde a demandas dos ouvintes, existe há mais de 20 anos. Na gestão atual, o programa se chama “Fala Governador”, apresentado toda segunda-feira, das 12h às 13h, em cadeia estadual de rádio.

Orquestra Tabajara – Nas décadas de 40, 50 e 60, que compõem a chamada época de ouro do rádio brasileiro, a Rádio Tabajara manteve programas de auditórios por onde passaram artistas como Luiz Gonzaga, Ângela Maria, Cauby Peixoto e a própria Orquestra Tabajara. Artistas locais também participaram, como Trio Jaçanã e Genival Santos, autor do hino “Meu sublime torrão”.

Sucesso no país, e atualmente sediada no Rio de Janeiro, a Orquestra Tabajara foi criada em João Pessoa no ano de 1933, inicialmente com o nome Jazz Orquestra Tabajara. O fundador foi Olegário de Luna Freire, um amante da boa música, que após morrer foi substituído pelo maestro Severino Araújo.

Primeira mulher – “Estou cuidando de um patrimônio do povo paraibano e isso me dá uma enorme responsabilidade”, disse Maria Eduarda Santos de Figueiredo, primeira mulher superintendente nos 75 anos da Rádio Tabajara. Duda Santos, como é conhecida entre os radialistas, diz que planeja criar o Museu da Tabajara e realizar o Festival Tabajara de Música.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Rádio Tabajara é reconhecida como de utilidade pública municipal


O prefeito de João Pessoa, Luciano Agra, sancionou o projeto de lei que reconhece de utilidade pública municipal a Rádio Tabajara – Superintendência de Radiodifusão. “A Rádio Tabajara tem dado uma grande contribuição para o desenvolvimento da nossa cidade, desenvolvendo um trabalho de comunicação de relevante interesse social”, enfatizou Agra.
Desde a sua inauguração, a Rádio Tabajara leva aos ouvintes paraibanos informações e música popular brasileira. Uma das características principais da rádio é abrir espaço em sua programação para a música de artistas paraibanos. São anos de muito trabalho e dedicação dos profissionais da emissora, fatores responsáveis pelo sucesso do veículo de comunicação junto ao público paraibano.
Com a declaração de utilidade pública municipal, a Prefeitura de João Pessoa reconhece o trabalho prestado pela emissora desde a sua fundação. A Rádio Tabajara é uma autarquia estadual, criada pela Lei 5.548, dotada de personalidade jurídica de direito público interno, com sede na Av. Dom Pedro II, na Torre.
O projeto, de autoria do vereador Ubiratan Pereira (PSB), foi aprovado no plenário da Câmara Municipal de João Pessoa no final do ano passado, pouco antes da Casa Legislativa entrar em recesso.

Secom-JP

Milagre do rádio mantém ouvinte ligada por mais de seis décadas


Fábio Mozart

O rádio vai completar 90 anos no Brasil. A Rádio Tabajara da Paraíba comemora 75 anos de transmissão ininterrupta em 25 de janeiro próximo, sendo a quarta emissora mais antiga em atividade no país. Antes da Primeira Guerra Mundial, quando dos primeiros experimentos radiofônicos, a imprensa noticiava: “as ondas de rádio poderão, no futuro, ser uma arma de guerra, explodindo minas à distância ou lançando torpedos”. O rádio revelou-se uma arma de paz.

Dona Aluízia e Fábio Mozart
Faço um programa na Rádio Tabajara da Paraíba, em amplitude modulada, frequência que está meio fora de moda. Quase ninguém ouve rádio AM. Diante da multiplicidade do rádio em frequência modulada, de melhor qualidade sonora, o rádio AM perde cada vez mais espaços. Mas é na amplitude modulada onde se ouve rádiojornalismo de qualidade, de certa forma distante dos “virais da mídia radiofônica convencional”, como bem define o jornalista Dalmo Oliveira, meu companheiro na produção e apresentação do programa “Alô comunidade”.

As mídias, hoje, invadem a vida dos cidadãos, oferecendo variadas opções no rádio, na televisão, nos jornais, nas revistas, na internet. Difícil encontrar ouvinte que acompanha a mesma programação todos os dias, anos a fio. Encontrei um exemplo dessa fidelidade, o nome dela é Aluízia Freire,
uma jovem de 82 anos, nascida e criada em Boqueirão, na região do Cariri paraibano, moradora de João Pessoa há 36 anos. Viúva, dona Aluízia passa os dias ouvindo a Rádio Tabajara da Paraíba AM. Ela ligou para o programa “Alô comunidade”, ganhou brindes que fiz questão de levar pessoalmente em sua casa, no bairro Mangabeira. Ela garante que seu rádio só sintoniza a Tabajara há exatos sessenta anos. “Nunca ouço outras rádios. Meu filho me deu de presente um aparelho de rádio que não pegava AM, eu não quis”, diz dona Aluízia, citando todos os apresentadores e DJs da sua emissora do coração. “Gosto de todos. Quando o dia amanhece, escuto cantoria de viola com Severino Paulo, depois vem o Bolinha, Josy Aquino, a seresta de Spencer Hartmann e termino a noite com Luizinho do Pagode”, explica.

É incontestável a penúria de ideias e são cada vez mais comuns abusos de toda ordem no rádio que se pratica na Paraíba. Ouvintes sensíveis e inteligentes como dona Aluízia Freire preferem ouvir uma rádio decente que não incentiva e promove preconceitos, não explora a crendice popular, não espalha boatos nem divulga escândalos, apelando para grosseria e palavrões. A Rádio Tabajara AM não tem essa postura agressiva, até porque não precisa matar e morrer por publicidade e pontos de audiência. É uma rádio pública, pode ser bem comportada, digna de ouvintes honrados como dona Aluízia Freire, há sessenta anos.

Postado por TOCA DO LEÃO
www.fabiomozart.blogspot.com

domingo, 22 de janeiro de 2012

Long Play marca os 55 anos da Rádio Tabajara, em 1992

Neste 25 de janeiro de 2012, quarta-feira, a Rádio Tabajara AM, a mais antiga da Paraíba, completa 75 anos de fundação. Neste blog continuamos contando sua história trazendo fatos e fotos.

No ano de 1992 o então diretor superintendente da Rádio Tabajara AM, Deodato Borges, idealizou e organizou um Long Play para marcar os 55 anos da emissora.

A capa do LP mostramos aqui. As músicas selecionadas foram Outra Vez, gravada por Roberta Miranda; Dance e Balance com BB - Beto Barbosa; Pense em Mim, com Leandro e Leonardo; Le Fudez Vouz, com a Banda Mel; Fazer Amor, com Chiclete com Banana; Forma de Amor, com Mauro Ghan; Ela Não Liga (com o grupo Polegar; É Difícil te Entender (Gilliard); Certas Paixões (Manolo Otero); Viver Longe de Você Não Dá (Dalvan); Emoção (Márcia Ferreira) e Dia "D", com Roberta Miranda.

Eram músicos de sucesso naquele começo da década de 1990. Deodato Borges dirigiu a emissora em duas oportunidades, no Governo Ronaldo Cunha Lima e no Governo Cássio Cunha Lima.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Aqui, a história da Rádio Tabajara AM, de João Pessoa, Paraíba

O blog radiotabajarapb.blogspot.com tem a proposta de disponibilizar fotos, áudios, depoimentos e notícias sobre uma das 100 mais antigas emissoras de rádio do Brasil, a Tabajara AM, frequência 1.110, fundada pelo Governo da Paraíba em 25 de janeiro de 1937, e sobre a Tabajara 105.5 FM, as duas com sede na cidade de João Pessoa, capital.

Repórteres na redação da Tabajara

O blog não é uma página oficial da Rádio Tabajara, mas, um projeto do jornalista e radialista Josélio Carneiro, repórter da emissora desde janeiro de 1989. A idéia é compartilhar com muitos parceiros e internautas fatos que marcaram e marcam a história da antiga PRI-4 e da Rádio Tabajara 105.5 FM, inaugurada em 7 de agosto de 1999.

Fundada em 1937 a Tabajara AM completa em 25 de janeiro de 2011 exatos 74 anos no ar. O blog vai tentar encontrar no Brasil, e até no exterior, pessoas que de alguma maneira têm ou tiveram ligação com a antiga PRI-4, nossa Tabajara. A nação Tabajara terá um endereço na internet para trocar idéias, e o público em geral uma fonte de pesquisa.

Em 2002 o Governo da Paraíba publicou o livro Tabajara - A Rádio da Paraíba, comemorativo aos 65anos da emissora. São depoimentos e fotos que registram um pouco da história da rádio que pertence ao governo.

Estamos abertos a colaborações, sugestões e vamos disponibilizar ainda áudios com personagens da Rádio Tabajara, antigas vinhetas de programas, etc. O incentivo para o blog partiu dos amigos Alexandre Nunes e Antonio David, jornalistas da Secretaria de Comunicação Institucional do Governo da Paraíba. Em conversas com colegas de profissão o tema despertou interesse e certamente a legião de parceiros nesse projeto será grande porque a nação tabajara extrapola as divisas da Paraíba.

Por Josélio Carneiro com fotos de seu arquivo

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Rádio Tabajara, vai comemorar Bodas de Diamante

Severino Araújo e Orquestra Tabajara, personagens importantes nesses 75 anos de Rádio Tabajara. Dia 25, o aniversário. Você acompanhará neste blog fotos e tudo sobre a rádio pioneira da Paraíba.

Foto enviada pela senhora Tânia, filha do maestro

Depoimentos de quem fez e faz uma das mais antigas rádios do Brasil. Um patrimônio cultural da Paraíba.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Dilma muda regras de concessões de rádio e TV

Luana Lourenço e Luciene Cruz
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff assinou hoje (16) decreto que altera regras para concessões de rádio e televisão no país. A medida muda principalmente as regras para a licitação, com exigência de garantias financeiras para participar dos leilões. Outra alteração do decreto é que as outorgas de rádio passarão a ser assinadas pelo Ministério das Comunicações. Já as concessões de TV continuarão passando pela Presidência.
As mudanças começaram a ser articuladas depois que o ministério recebeu denúncias de pessoas que venceram licitações de concessões sem capacidade financeira para manter emissoras de rádio e TV. Os leilões de novas concessões estavam suspensos desde o ano passado.
A partir de agora, os interessados em obter uma concessão têm que comprovar capacidade técnica e financeira de manter a emissora no ato da inscrição no processo licitatório. Eles terão que enviar dois pareceres independentes que comprovem a capacidade econômica da empresa para executar o serviço. Também será obrigatória a comprovação de origem dos investimentos e a apresentação de balanço patrimonial e contábil, de acordo com o Ministério das Comunicações.
O pagamento da outorga, que antes era parcelado em duas vezes, agora tem que ser feito à vista, de acordo com o decreto. A caução exigida da empresa pode chegar até 10%. Na regra anterior, o valor não passava de 1%. Se o vencedor do leilão não fizer o pagamento, será desclassificado e a concessão será repassada ao segundo colocado no certame. Se a concessão não for aprovada pelo Congresso Nacional, o dinheiro será devolvido, com correção pela taxa Selic.
O decreto também altera questões de conteúdo. Com a mudança, o tempo destinado a programas locais (produzidos no município de outorga) e a produções independentes será utilizado como critério para decidir os vencedores dos leilões. Até agora, essa avaliação levava em conta o tempo destinado a programas jornalísticos, educativos, culturais e informativos. Segundo o Ministério das Comunicações, a nova exigência segue uma diretriz da Constituição, que prevê a valorização de as produções locais e as independentes.
Para o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a reformulação do processo licitatório visa a tornar as licitações mais transparentes, rápidas e eficientes. “É uma garantia para o Estado que as licitações feitas serão implementadas e virarão emissoras de radio e televisão, evitando que pessoas entrem [na licitação] simplesmente para especular. Estamos empurrando regras para maior profissionalização dos licitantes. Estamos fazendo mais exigências que vai tornar esse processo mais seguro”, disse.
Com as mudanças, o governo pretende retomar os leilões de concessões de emissoras comerciais de rádio e TV e deve lançar em março um planejamento com datas de novas concorrências. O decreto será publicado na edição de amanhã (17) do Diário Oficial da União.
 
Ampliada às 20h40
Edição: Aécio Amado

domingo, 15 de janeiro de 2012

Dia 25 de janeiro a Rádio Tabajara comemora 75 anos no ar. Serão exatos 648 mil horas transmitindo informação, narrando futebol, mas principalmente levando ao ouvinte música de qualidade. A direção da emissora em parceria com o jornal A União prepara uma publicação para documentar esses 75 anos de história da radiofonia paraibana e que está inserida na história do rádio brasileiro.

Eu faço parte dessa história desde 
2 de janeiro de 1989, com orgulho e paixão (foto: Walter Rafael)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Em defesa da música paraibana


     Por: Guilherme Cabral 5/1/2012
A União, caderno Palco

        As emissoras de rádio AM e FM que atuam no Estado terão de destinar 10% da grade musical de cada programa à divulgação de trabalhos e obras de músicos e compositores paraibanos. A autoria da iniciativa - Lei nº 9.650, de 29 de dezembro de 2011 – é do deputado Anísio Maia (PT), foi sancionada pelo governador Ricardo Coutinho e publicada na edição do Diário Oficial no dia seguinte (30), devendo entrar em vigor no prazo de 60 dias. A medida repercutiu favoravelmente no meio artístico. “Foi uma decisão acertada”, disse, por exemplo, a superintendente da Tabajara, Maria Eduarda (Duda) Santos. “É importante para divulgar e promover o artista”, afirmou a presidente da Associação das Emissoras de Radiodifusão da Paraíba (Asserp), Marilana Mota, enquanto para o instrumentista Sandoval Moreno “é fantástica e excelente”, prevendo maior valorização da classe do músico. Já a cantora Maria Juliana considerou “uma boa idéia”, com a perspectiva de ampliar o espaço de divulgação, inclusive dos artistas surgidos principalmente nas duas últimas décadas.
         
Ao elogiar o ato de sanção da lei, a superintendente da Rádio Tabajara, Maria Eduarda, (foto) disse que “o governador Ricardo Coutinho está pensando em valorizar a nossa cultura”. Duda lembrou que a iniciativa também vai ao encontro do papel que a emissora oficial do Governo da Paraíba vem desempenhando desde que ela assumiu o cargo, de tocar a música paraibana, destinando – inclusive – um espaço acima dos 10% na grade, dentro da proposta do slogan “O som do novo tempo”. Nesse sentido, informou que a FM 105.5 dedica entre 20% a 25% da programação para tocar música paraibana, enquanto na AM 1110 o índice chega a cerca de 20%.
        “O artista da terra tem prioridade e sempre o espaço nesta casa, que é a casa da nossa cultura. O músico da terra, caso tenha gravado em uma grande gravadora, ou não, se tiver qualidade, o trabalho será divulgado”, afirmou Maria Eduarda, referindo-se à Tabajara, salientando que a nova lei contribuirá ainda mais para a valorização da música paraibana.
        A mesma linha de raciocínio da valorização do músico paraibano também foi seguida pela presidente da Associação das Emissoras de Radiodifusão da Paraíba (Asserp), Marilana Mota. “A lei é importante porque incentiva, divulga e promove a música paraibana. A iniciativa deve ampliar a divulgação do trabalho dos novos músicos, que ainda precisam de espaço para que suas músicas sejam tocadas. Agora, é necessário que as rádios se disponham a cumprir essa medida”, declarou ela.  
        O instrumentista Sandoval Moreno também prevê que a nova lei – a qual, a propósito, inclui trabalhos e obras musicais de qualquer gênero, de músicos, cantores/as e/ou compositores nascidos/as e/ou radicados/as na Paraíba - propiciará mais valorização para o trabalho do músico paraibano. “Só atitudes como esta valorizam mais a classe do músico”, prosseguiu ele, para quem “o artista ficará mais em evidência”. Outro efeito que esse trombonista espera é o de que haja o lançamento, pelos órgãos públicos, de mais editais de fomento à música paraibana.
        Já na opinião da cantora e compositora Maria Juliana, “a iniciativa é legal e muito boa, porque deverá possibilitar a chance não apenas da divulgação dos músicos paraibanos já de renome nacional, mas de ser um espaço para que o trabalho dos artistas mais novos, principalmente os que apareceram a partir dos anos 1990 para cá, seja tocado nas rádios”. Ela acrescentou que, no momento, muitas emissoras têm divulgado mais as músicas de artistas já consagrados nacionalmente.
        “Apesar de estarem aparecendo vários cantores paraibanos por meio da Internet, You Tube e My Space, nem todos têm acesso a esses meios digitais para conhecer o trabalho que está sendo produzido no Estado. Por isso, acho que a medida é mais democrática, pois as músicas vão ser ouvidas pelo cidadão que não têm acesso aquelas ferramentas digitais”, concluiu Maria Juliana.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Rádio Tabajara 75 anos em FOTOS

Época de ouro do rádio paraibano. Na primeira foto, cartaz do show da cantora Dircinha Batista, no programa de Sandoval Cajú 'Quartel General do Rádio'.

O patrocínio era dos produtos Sanhauá. Esta foto, do arquivo de Ninoticka Carrilho, filha de Paschoal Carrilho, está no livro Tabajara - 65 ano - a Rádio da Paraíba, obra publicada em 2002 pela editora A União.

Na segunda foto, o rei do baião, Luiz Gonzaga, no palco da Tabajara, programa Paschoal Carrilho. Muitos artistas de sucesso em todo o Brasil se apresentaram no auditório da Rádio Tabajara AM a antiga PRI-4.

Cauby Peixoto, Nelson Gonçalves, Genival Macedo, Mércia Paiva, maestro Severino Araújo, são alguns dos artistas que passaram pelos palcos da Tabajara. Dia 25 de janeiro a rádio completa 75 anos. Este mês o blog faz uma viagem no tempo trazendo ao internauta páginas da história da Rádio Tabajara de ontem e de hoje.

Josélio Carneiro, com fotos de seu arquivo

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Tabajara AM 75 anos

Janeiro é mês de aniversário da Rádio Tabajara AM. Dia 25 de janeiro a emissora completa 75 anos. Aguarde ainda esta semana tópicos desta história de sete décadas e meia.