Por Josélio Carneiro
Texto publicado na revista dos 75 anos da emissora, publicada por A União no domingo, 29 de janeiro de 2012
Meu primeiro contato com a Rádio Tabajara ocorreu há 42 anos, em Nova Cruz-RN. O ano era 1969 e eu estava com oito anos de idade. Nesta época ainda eram poucas as emissoras de rádio e o sinal da Tabajara chegava bem em muitas cidades do Rio Grande do Norte, Pernambuco, Ceará e outros estados nordestinos. Lembro que ouvia Jonildo Cavalcanti, pela manhã, no programa Bom Dia Trabalhador. O Show das 13, com Carlos Antonio, era outro campeão de audiência.
Sou repórter da Rádio Tabajara
desde 2 de janeiro de 1989
Dez anos depois, em 1979, minha família veio morar em João Pessoa. Ficou mais freqüente minha sintonia com a antiga PRI-4. Uma década depois, em 1989, realizo um sonho: Ingresso na Tabajara como estagiário. Era estudante do curso de comunicação social na UFPB. Cheguei na emissora através de Fernando (Sapé) Rodrigues. Em dezembro de 1990 o então diretor Sílvio da Silva Tó assinou minha carteira. Neste mês de janeiro de 2012 completei 23 anos como repórter da Tabajara. Sou um dos fundadores da Associação dos Servidores da Rádio Tabajara – Assert, entidade que presidi por dois mandatos.
Em agosto de 1999, testemunhei a inauguração da Tabajara FM 105.5. A solenidade aconteceu na praça do povo do Espaço Cultural José Lins do Rego. A Orquestra Tabajara veio a João Pessoa para a solenidade de inauguração da FM.
Momento de autógrafo em 2002
No ano de 2002 o então secretário de Comunicação do Governo Luiz Augusto Crispim, autorizou que A União publicasse a coletânea Tabajara – 65 anos – a Rádio da Paraíba, obra que idealizei em 1995. O lançamento ocorreu na própria emissora, na ocasião o diretor-presidente era o jornalista Genésio de Souza. O livro tem 150 páginas, 57 textos e 67 fotografias. São depoimentos de Luiz Augusto Crispim, Genésio de Souza, Ruy Leitão, Lenilson Guedes, Nakamura Black, Claudete Andrade, Hélo Zenaide, Martinho Moreira Franco, Ivan Bezerra, Ipojuca Pontes, Humberto Lucena, Eudes Moacir Toscano, Oduvaldo Batista, Linduarte Noronha, Deodato Borges, Severino Ramos, Carlos Romero, Paulo Santos, Petrônio Souto, Gilson Souto Maior, Manoel Raposo, Antonio Barreto Neto, Adalberto Barreto, José Octávio de Arruda Mello.
Há ainda textos sobre Marlene Freire, Geraldo Cavalcanti, Zé Pequeno, Walter Lins, Ruy de Assis, Jackson do Pandeiro, Otacílio Batista, Mércia Paiva, maestros Rino Visani, Severino Araújo e Moacir Santos, além de Genival Macedo, Ana Paula, Paulo Rosendo, Paschoal Carrilho, grandes nomes que escreveram páginas de suas vidas nos microfones da velha PRI-4.
O livro se tornou fonte de pesquisa para estudantes de comunicação e demais interessados em saber um pouco sobre a rádio pioneira do estado. De Ímola, na Itália, o maestro Rino Visani nos enviou fotos de seu período na Paraíba. Ele foi um dos contratados pela Tabajara em 1953, pelo então diretor Antonio Lucena.
Do Rio de Janeiro, Ipojuca Pontes nos enviou excelente texto sobre sua passagem na emissora na década de 60. Na Rádio Clube de Pernambuco, no Recife, entrevistamos Walter Lins, que integrou o famoso Trio Jaçanã, com Zé Pequeno e Marlene Freire, numa de suas formações. Boa parte das fotos nos foram cedidas por Ninotcka Carrilho, filha de Paschoal Carrilho considerado na época de ouro do rádio o ‘príncipe dos auditórios’.
A Rádio Tabajara, junto com a Orquestra Tabajara, são instrumentos que ajudaram nos últimos 75 anos a divulgar a Paraíba no país e em parte do mundo. A Tabajara é uma paixão de milhares de ouvintes e dezenas de radialistas e jornalistas de ontem e de hoje. Com certeza, proporcionará novas paixões amanhã e sempre.
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