quinta-feira, 31 de março de 2011

1995 - A Tabajara em conexão com a Rádio Nacional

O locutor da Rádio Nacional de Brasília, Walter Lima, visitou a Rádio Tabajara em 1995, na gestão do diretor-superintendente Petrônio Souto. O radialista Walter Lima comandou a transmissão de um evento em rede nacional, direto do Espaço Cultural, e a Tabajara ofereceu todo o apoio técnico e logístico para a transmissão.

Naquele ano Walter Lima apresentava o noticiário A Voz do Brasil. Na foto, do acervo de Petrônio, sentados da esquerda para a direita: Clodoaldo Oliveira, Petrônio Souto, Walter Lima (Rádio Nacional), José Carlos de Souza (Chefe do Escritório da Radiobrás na Paraíba). Em pé, também da esquerda para a direita: um cidadão não identificado, o motorista Félix, o jornalista e radialista Lenílson Guedes e Geraldo José, técnico de áudio.

A Revista Brasil, apresentada por Walter Lima, tem produção de Kátia Oliveira e Harrison Reis e produção de estúdio de Eliana Nascimento. O programa é levado ao ar de segunda a sábado, das 8h à 10h, na frequência AM 980 KHz. De acordo com o Blog da Paola Lima, de Brasília, o radialista Walter Lima se filiou ao PRTB e pretende se candidatar a deputado distrital.

Para o livro Tabajara - a Rádio da Paraíba, Walter Lima escreveu um breve depoimento sobre a emissora paraibana, intitulado Eficiência & Sucesso. "A Rádio Tabajara, em seus 60 anos de existência, tem tudo a ver com a posição de destaque que hoje ocupa o rádio brasileiro. Durante sua trajetória, a Tabajara tem permanecido fiel às suas origens, prestando um relevante serviço à população paraibana e do Brasil", destacou o radialista da Rádio Nacional, de Brasília.

E continuou Walter: "Sempre dinâmica e atual - priorizando o ouvinte - a Rádio Tabajara, ao se integrar à rede de emissoras responsável pela Revista Nacional, serviu como precursora para que outras rádios seguissem a mesma iniciativa". A segunda foto nós encontramos no portal da Empresa Brasileira de Comunicação - EBC.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Edson Uchoa, guardando parte da memória da Tabajara

Nosso registro hoje é para o Edson Uchoa, técnico da Tabajara responsável pela manutenção de equipamentos da emissora. São mais de vinte anos dedicados à rádio do governo.

Em sua oficina de trabalho Edson também guarda com cuidado antigos equipamentos: rádios, gravador de fita rolo, dentre outros objetos que um dia poderão fazer parte do museu da emissora.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Maestro Severino Araújo completará 94 anos em abril

Em 23 de abril deste ano o maestro Severino Araújo completará 94 anos de idade. Pernambucano de Limoeiro, Severino Araújo é cidadão paraibano, título concedido pela Assembléia Legislativa do Estado.  Sua temporada na Rádio Tabajara foi por cerca de oito anos, entre 1937, ano de fundação da emissora, e 1945, ano em que partiu para o Rio de Janeiro.

Apresentarei ao secretário estadual de Cultura, Chico César, uma proposta objetivando uma homenagem da Paraíba ao maestro e sua orquestra, por tudo o que esses mestres da música já fizeram pela MPB. A orquestra, criada em João Pessoa em 1933, é um instrumento que divulga muito o nome da Paraíba no Brasil e no exterior. 
 
A Big Band merece um tributo à altura de seus 78 anos de música de qualidade para o país e para boa parte do mundo. Quem sabe a produção de um DVD, gravado aqui, no sublime torrão, terra onde nasceu a orquestra.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Eles contam a história da Tabajara

Genival Macedo, Jackson do Pandeiro, Mércia Paiva, Jacy Cavalcanti, Jonildo Cavalcanti, Marlene Freire, Moacir Santos, Severino Araújo, Rino Visani, Otacílio Batista, Jorge Tavares, Paschoal Carrilho, Paulo Rosendo, Geraldo Cavalcanti, Humberto Lucena, Abelardo Menezes, Ernani Norat, Francisco Ramalho, Ipojuca Pontes, Zé Pequeno, Walter Lins, Ivan Bezerra, Ana Paula, Airton José, Ruy de Assis, Lenilson Guedes, Walter Cartaxo, Nakamura Black, Assis Mangueira, Claudete Andrade, Petrônio Souto, Clodoaldo Oliveira, Adalberto Barreto, Linduarte Noronha, Carlos Romero, Deodato Borges, Biu Ramos, José Souto, Antonio Barreto Neto, Manoel Raposo, Gilson Souto Maior, Paulo Santos, Abelardo Jurema, José Octávio de Arruda Melo e Josélio Carneiro, são alguns personagens do livro Tabajara - A Rádio da Paraíba.

Este blog vai promover o sorteio de alguns exemplares do livro. Estamos formatando como serão feitos os sorteios com os internautas. Aguardem esta iniciativa que visa democratizar o acesso à história da Tabajara, a mais antiga da Paraíba e uma das rádios pioneiras do Brasil.

O livro tem 67 fotografias, 160 páginas com depoimentos de dezenas de profissionais que contam a história da emissora.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Grandes nomes da Tabajara que entraram para a história do rádio paraibano

Nesses 22 anos de repórter da Rádio Tabajara, perdi, todos nós perdemos, os ouvintes perderam vários grandes nomes da emissora. A maioria deles, ao microfone, 'escreveram' páginas da nossa querida Tabajara, antiga PRI-4.

Ingressei na emissora aos 2 de janeiro de 1989. Lá, convivi com Jonildo Cavalcanti, que acordava os ouvintes logo cedo com o programa Bom Dia Trabalhador. Geraldo Cavalcanti, nos deixou recentemente após dedicar mais de 50 anos ao rádio. Também faleceu há alguns anos Lula Rodrigues, repórter esportivo.

Partiu para outro plano o forrozeiro Manoel Serafim e morreu prematuramente o repórter da área policial Carlos Vasconcelos. O plantonista esportivo, um dos mais completos do Brasil, Hernani Norat, aposentou-se em 1995 e faleceu em 2001.

Jacy Cavalcanti, irmão de Jonildo, também está em outra dimensão. Dos personagens do livro Tabajara - A Rádio da Paraíba, também faleceu o maestro italiano Rino Visani. O cantor Eclipse, e Humberto Rabelo, que foi locutor na década de 1940, na época do locutor Humberto Lucena, também faleceram.

A nação Tabajara perdeu ainda José Souto, Itamar Cândido, dois profissionais que dirigiram a emissora. Paulo Rosendo, a voz padrão do Informativo Tabajara, faleceu em 1991.

O repentista Otacílio Batista, o cantor Jorge Tavares (Palmolive), o senador Humberto Lucena, são outros personagens do meu livro que estão em outro plano de vida. Hermes Taurino e Werton Soares, da equipe do esporte, também são falecidos. Registramos ainda as mortes do maestro Moacir Santos e do artista Canhoto da Paraíba, talentos que na época de ouro do rádio passaram pela Tabajara.

São vinte nomes que contribuiram com a história da Tabajara. A eles, as homenagens da nação Tabajara e deste blog.

domingo, 20 de março de 2011

Gláucia, Bruno e Fernandes, integram o time nota dez da Tabajara

Hoje postamos mais fotos de profissionais da Tabajara. E uma foto da sede da emissora


Bruno Cavalcanti, produtor de notícias

Glaucia Magalhães integra à nova equipe como produtora do Jornal Estadual

Fernandes, operador de áudio no estúdio da Tabajara AM

São profissionais de várias gerações que garantem a audiência na Tabajara AM e FM. A FM se prepara para completar 12 anos no ar em agosto próximo.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Livro registra a história da Rádio Tabajara AM

O livro Tabajara - 65 anos - A Rádio da Paraíba, lançado em 2002, pelo Governo da Paraíba, ainda está disponível no Sebo Cultural, avenida Tabajaras, centro de João Pessoa.

A obra tem 67 fotografias e dezenas de depoimentos que contam páginas da história da mais antiga emissora de rádio da Paraíba e uma das mais antigas do Brasil. 

As diversas entrevistas gravadas em 1996 estão sendo tranferidas de fitas k-7 para CDs. Os áudios incluem entrevistas com o maestro da Orquestra Tabajara, Severino Araújo, os radialistas Geraldo Cavalcanti, Ana Paula, Ivan Bezerra, Spencer Hartman, Walter Lins, Carlos Antonio, Airton José, dentre outros grandes nomes da radiofonia paraibana que escreveram e escrevem a história da PRI-4. Inaugurada em 25 de janeiro de 1937 a Tabajara AM está no ar há 74 anos. Sua irmã 'caçula' a Tabajara FM, foi inaugurada em 7 de agosto de 1999.

domingo, 13 de março de 2011

Jackson do Pandeiro na Tabajara dos anos 1940

Jackson do Pandeiro nasceu José Gomes Filho em 31 de agosto de 1919 na cidade de alagoa Grande, Paraíba. Gravou cerca de 430 músicas em 137 discos e é considerado pela crítica o mais completo artista paraibano.

Jackson do Pandeiro integrou o cast da Rádio Tabajara por alguns anos na década de 1940. De acordo com os jornalistas Fernando Moura e Antonio vicente, autores da biografia 'Jackson do Pandeiro - O Rei do Ritmo', uma publicação da Editora 34, Jackson ingressou na Tabajara com 23 anos através de convite do maestro Nozinho, então regente da orquestra Jazz Tabajara.

Nesta época Jackson formou com seu parceiro Rosil Cavalcanti a dupla Café com Leite. "Um preto e um branco levando música e humor aos ouvintes da PRI-4", afirma Fernando Moura em 'Paraíba Nomes do Século', série histórica produzida pela Editora A União no ano 2000. A plaquete sobre Jackson do Pandeiro é a de número 32 (foto).

Nos anos 40 o rei do ritmo ficou seis anos morando em João Pessoa, depois mudou-se para Recife onde foi trabalhar na Rádio Jornal do Comércio. Depois é levado para o Rio de Janeiro por Genival Macedo então representante da Copacabana Discos. Seu talento conquista o Rio a partir de 1953 ano em que grava o primeiro disco. O último disco de sua trajetória de sucessos foi em 1981 o de número 137. Jackson do Pandeiro faleceu em Brasília após um show, em 1982 aos 62 anos de idade. Em Alagoa Grande foi inaugurado em 2009 o Memorial Jackson do Pandeiro. Funciona em um casarão construído em 1898. Na visita à cidade, além dos engenhos conheça o memorial desse paraibano genial.

No site http://jacksondopandeiro.com.br o internauta dispõe de todas as informações sobre o rei do ritmo paraibano de Alagoa Grande que conquistou o Brasil.

quinta-feira, 10 de março de 2011

1936 - Brasil tinha apenas 65 emissoras de rádio AM

No ano de 1936 existiam no Brasil apenas 65 emissoras de rádio AM, pelo menos é o que afirmava a Revista Carioca em sua edição de 19 de setembro daquele ano. A nossa Radio Tabajara, criada em 1937, claro, não constava na relação das 'Estações Brasileiras de Radiodiffusão', grafia da época.

A lista das emissoras mostrava o prefixo, o nome, a cidade onde a rádio funcionava e a frequência (kilocyclos). Naquela ano o Governo de Minas Gerais possuia quatro canais de radiodifusão nas frequêncas 720, 1.040, 1.220 e 880. O Distrito Federal (Rio de Janeiro), então capital do Brasil, tinha 15 emissoras de rádio.

No estado de São Paulo haviam 18 emissoras, entre elas a Sociedade Bandeirante de Radiodifusão, na capital e a Rádio Club em vários municípios. Na Bahia, destaque para a Sociedade da Bahia.

A lista cita ainda a Rádio Club de Pernambuco, uma das mais antigas do Brasil; Sociedade Rádio Nacional (Rio). A Rádio Tupy existia em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em 1936 já estavam no ar também as emissoras Sociedade Rádio Mayrink Veiga (Rio); a Rádio Sociedade Record e Rádio Excelsior, ambas em São Paulo.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Diretores comemoram os 60 anos da Tabajara

Do acervo de Petrônio Souto mais uma fotografia que ilustra a história da Rádio Tabajara. Em 1997 a emissora completou 60 anos de fundação.

Nesta foto, da esquerda para a direita: Linduarte Noronha, Petrônio Souto, Biu Ramos e Antonio Barreto Neto. Na ocasião os quatro recordavam fatos que marcaram suas passagens pela Tabajara. Em 1997 Petrônio Souto era o diretor-superintendente da rádio do governo do Estado.

sábado, 5 de março de 2011

Galeria dos ex-presidentes da Tabajara

Quem visitar a Rádio Tabajara poderá conhecer a galeria dos ex-presidentes da emissora. Instalada no ano de 2000, na gestão do jornalista Genésio de Sousa, a galeria leva o nome do senador Humberto Lucena, que foi locutor da Tabajara nos anos de 1944 e 1945.

Detalhe da galeria de ex-presidentes


Homenagem da Tabajara ao radialista Jonildo Cavalcanti, falecido em 2000

As fotos dos ex-presidentes da emissora estão expostas na Sala Radialista Jonildo Cavalcanti, falecido em 2000. Na mesma sala funciona o auditório da rádio. Estão lá as fotos de trinta e cinco dirigentes. O primeiro presidente da Tabajara foi José Baptista de Melo, em 1937. A galeria organizada pela pesquisadora Cleris Renata Gólzio, finaliza com a foto de Rui Cézar de Vasconcelos Leitão na gestão 1999-2000. 


Galeria tem o nome do senador Humberto Lucena, locutor da rádio em 1944/45


Até agora não atualizaram a galeria. De lá pra cá dirigiram a rádio Genésio de Sousa, Deodato Borges, pela segunda vez, Levy Soares, Adelton Alves e Manoel Raposo também pela segunda vez. A atual diretora-superintendente é a radialista Maria Eduarda dos Santos, primeira mulher a ocupar o cargo.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Fotos durante o Jornal Estadual da Tabajara

João Carlos, operador de áudio da Tabajara há mais de 20 anos

Lima Souto, coordenador da equipe de esportes, Michelle Veronese e Ulisses Barbosa, apresentadores do Jornal Estadual

Ruth Avelino, presidente da PBTUR sendo entrevistada por Michelle e Ulisses

Acima mais três fotos da atualidade na Rádio Tabajara. No dia-a-dia este blog conta a história da emissora com fatos e fotos do passado e do presente.

terça-feira, 1 de março de 2011

Genival Macedo, o autor de 'Sublime Torrão' cantou na inauguração da Tabajara AM

O compositor Genival Macêdo, autor de "Meu sublime torrão", considerado o hino popular da Paraíba, completaria completaria 90 anos no próximo mês de março. O homenageado do projeto Folia de Rua 2011 testemunhou a inauguração da Tabajara AM, aos 25 de janeiro de 1937.  Ele cantou em um programa no dia da inauguração. Genival Macêdo morreu aos 87 anos, no dia 16 de junho de 2008, vítima de uma parada cardíaca, no Hospital Alfa, em Boa Viagem, no Recife (PE). 

De acordo com matéria do portal ampliarpb.com.br, Genival ficou famoso por compor sucessos como “A mulher do Aníbal”, gravada por Jackson do Pandeiro e também por Chico Buarque em dueto com Zeca Pagodinho, e “Micróbio do frevo”, lançada também por Jackson do Pandeiro e mais tarde regravada por Silvério Pessoa e Gilberto Gil, entre outros.

Desde a juventude, enveredou pelo mundo da música e, ao lado do irmão Gilvan e do técnico de som Nilton Monteiro, entre 1941 e 1943, desfilou no carnaval pelas ruas de João Pessoa em cima de um Chevrolet 1939, intitulado Palácio do Frevo, arrastando multidões com um som amplificado tocando frevos. A engenhoca mecânica foi considerada o avô do trio elétrico baiano inventado depois por Dodô & Osmar.

Genival Macêdo trabalhou na Rádio Tabajara e foi contemporâneo dos maestros Severino Araújo e Moacir Santos e Rosil Cavalcanti. Quando foi morar em Recife, como representante da gravadora Copacabana, conheceu outro paraibano genial, Jackson do Pandeiro, de quem se tornou amigo e lançou no cenário nacional. Jackson chegou às paradas de sucesso cantando, de Genival, músicas como 'Micróbio do Frevo', 'O Crime Não Compensa' e 'A Mulher do Aníbal'. Ao se mudar para o Rio de Janeiro, também foi empresário de estrelas da música brasileira como Altemar Dutra, Ângela Maria e Clara Nunes.

O samba "Diana", composto em parceria com Jorge Tavares, foi a primeira música de sua autoria gravada em 1947 pelo conjunto vocal Quatro Ases e Um Coringa, grupo de grande sucesso na época. Teve composições gravadas, entre outros, por Jackson do Pandeiro, Carmélia Alves, Expedito Baracho, Os Cancioneiros e Gilberto Fernandes.

Na era de ouro do rádio, as músicas de Genival Macêdo foram gravadas por nomes como Carmélia Alves (Saudades de Pernambuco), Alcides Gerardi (Vou ficar em Pernambuco), Carmem Costa (Senhora e senhores, parceria com Zé Violão). Em 1951, Carioca e sua Orquestra gravou o frevo "Vou ficar em Pernambuco" e Onésimo de Almeida a canção "Náufrago do amor", parceria com Popeye do Pandeiro. Veja a letra do samba  Meu Sublime Torrão:

(Genival Macêdo)

Num recanto bonito do Brasil
Sorri a minha terra amada
Onde o azul do céu
É mais cor de anil
Onde o Sol tão quente
Parece mais gentil!
Lá eu nasci e me criei
Fiz canções e amei
Sempre tive inspiração
Lá no Nordeste imenso
Tem um fulgor intenso
Meu Sublime torrão!
A minha terra
Que só encerra
Belezas mil
Pode ser chamada
A namorada
Do meu Brasil!
Minha terra tem
O cantar dos passarinhos
Na lagoa, os gansinhos
Com seu nado devagar
As morenas tão gentis
Ostentando os seus perfis
Numa noite de luar
Não tem a fama da baiana
Mas a paraibana
Sabe amar tem sedução
Paraíba hospitaleira
Morena brasileira
Do meu coração!

Foto e informações do portal www.portalampliarpb.com.br