A professora Margareth Diniz, candidata à reitora da UFPB, concedeu
entrevista na manhã desta quarta-feira (25), no estúdio da Rádio
Tabajara, no Jornal Estadual, noticiário retransmitido por 30 emissoras
da Paraíba.
Indagada sobre qual seria sua primeira medida no cargo de reitora da
Universidade Federal da Paraíba, Margareth Diniz afirmou: “A primeira
providência que nós vamos adotar é fazer a revisão do estatuto da
universidade, ou seja, chamar a Estatuinte. Nós teremos prazo para
começar e para terminar”, assegurou.
Uma outra proposta da professora Margareth Diniz será viabilizar as
ações em busca da qualidade na universidade. “Para os docentes
viabilizar as condições de trabalho nos laboratórios, nas salas de aula;
para os estudantes, fazer valer o Programa Nacional de Assistência
Estudantil, o PNAE, e que apesar de ser de 2010 não funciona até hoje em
nossa instituição”, destacou. Para os servidores técnicos
administrativos, os docentes e os estudantes sua gestão vai fazer valer o
Serviço Integrado de Atenção à Saúde – SIAS, há muito tempo implantado
em várias universidades e na UFPB ainda não.
CCS – A professora Margareth Diniz denunciou na
entrevista na Rádio Tabajara que o Centro de Ciências da Saúde – CCS, do
qual ela é a atual diretora, que, apesar de ter mais de 300
professores, 300 servidores técnicos administrativos e mais de 3.000
alunos o CCS não tem recebido a devida atenção do atual reitor.
Recentemente o Globo Repórter levou ao ar reportagem sobre a pesquisa da
professora, sobre uma planta que vai virar medicamento para tratamento
de asma. Até agora Margareth Diniz já recebeu mais de 500 e-mails do
Brasil e do exterior, no entanto, a UFPB não publicou uma nota sequer em
seu site a respeito da pesquisa.
Hospital Universitário – Margareth Diniz afirmou que
o atual reitor abandonou o Hospital Universitário apesar de ser um
órgão vinculado à Reitoria. “Na atual gestão o reitor suspendeu qualquer
atenção ao hospital universitário e tem inviabilizado algumas ações. O
HU é o único hospital do estado que tem uma unidade para atendimento à
gestação de alto risco, porém, com a aposentadoria dos obstetras o
serviço ficou ameaçado de fechar. O superintendente do hospital ficou
mais de um ano solicitando ao reitor as providências. “Na nossa gestão o
hospital universitário vai funcionar perfeitamente para atendimento à
sociedade”, garantiu Margareth. E completou: “Hoje a universidade não
cuida do seu patrimônio público nem das pessoas”.
REUNI – Margareth Diniz afirmou a UFPB recebeu do
Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das
Universidades Federais – REUNI, mais de R$ 136 milhões, porém, não fez o
planejamento devido. A universidade passou de mais de 50 para mais de
100 cursos, de mais de 16 mil para 30 mil alunos e se construiu muitos
metros quadrados. Margareth revelou sua preocupação com o alto índice
de evasão. De cada 100 estudantes que ingressam na UFPB apenas 39 estão
concluindo o curso. “Isto é grave, é preocupante e a universidade tomará
as providências para resolver essa questão”, declarou, acrescentando
que fará uma gestão participativa, democrática e sobretudo transparente.
Comunicação – Margareth Diniz revelou que, uma vez
eleita reitora, vai viabilizar o pólo multimídia. O parque gráfico está
extremamente defasado, vergonhoso. “Nós vamos fazer nossa editora
funcionar, nosso pólo multimídia. A universidade precisa derrubar os
muros e chegar até à sociedade”, afirmou.
Ensino, Pesquisa e Extensão – A professora ressaltou
que não há como dissociar o ensino, a pesquisa e a extensão. Uma de
suas propostas é a de que as bolsas de iniciação científica, monitoria e
extensão tenham valores igualitário.
Considerações finais – Margareth Diniz agradeceu aos
jornalistas da Rádio Tabajara, Ivani Leitão e Ulisses Barbosa, pela
entrevista e convidou os estudantes, técnicos administrativos e
professores a votarem na chapa 1 no dia 16 de maio. Destacou que é
prerrogativa da democracia alternar poder, para isto é necessário
encerrar um ciclo que está na Reitoria há 16 anos. “Nossa chapa não é
uma chapa contra pessoas. É uma chapa a favor da universidade que quer
renovar, entrar na modernidade, uma universidade que quer competir em
qualidade, não em quantidade e é essa nossa proposta”, concluiu.
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