quinta-feira, 26 de abril de 2012

Margareth Diniz concede entrevista na Rádio Tabajara

A professora Margareth Diniz, candidata à reitora da UFPB, concedeu entrevista na manhã desta quarta-feira (25), no estúdio da Rádio Tabajara, no Jornal Estadual, noticiário retransmitido por 30 emissoras da Paraíba.
Indagada sobre qual seria sua primeira medida no cargo de reitora da Universidade Federal da Paraíba, Margareth Diniz afirmou: “A primeira providência que nós vamos adotar é fazer a revisão do estatuto da universidade, ou seja, chamar a Estatuinte. Nós teremos prazo para começar e para terminar”, assegurou.
Uma outra proposta da professora Margareth Diniz será viabilizar as ações em busca da qualidade na universidade. “Para os docentes viabilizar as condições de trabalho nos laboratórios, nas salas de aula; para os estudantes, fazer valer o Programa Nacional de Assistência Estudantil, o PNAE, e que apesar de ser de 2010 não funciona até hoje em nossa instituição”, destacou. Para os servidores técnicos administrativos, os docentes e os estudantes sua gestão vai fazer valer o Serviço Integrado de Atenção à Saúde – SIAS, há muito tempo implantado em várias universidades e na UFPB ainda não.

CCS – A professora Margareth Diniz denunciou na entrevista na Rádio Tabajara que o Centro de Ciências da Saúde – CCS, do qual ela é a atual diretora, que, apesar de ter mais de 300 professores, 300 servidores técnicos administrativos e mais de 3.000 alunos o CCS não tem recebido a devida atenção do atual reitor. Recentemente o Globo Repórter levou ao ar reportagem sobre a pesquisa da professora, sobre uma planta que vai virar medicamento para tratamento de asma. Até agora Margareth Diniz já recebeu mais de 500 e-mails do Brasil e do exterior, no entanto, a UFPB não publicou uma nota sequer em seu site a respeito da pesquisa.
Hospital Universitário – Margareth Diniz afirmou que o atual reitor abandonou o Hospital Universitário apesar de ser um órgão vinculado à Reitoria. “Na atual gestão o reitor suspendeu qualquer atenção ao hospital universitário e tem inviabilizado algumas ações. O HU é o único hospital do estado que tem uma unidade para atendimento à gestação de alto risco, porém, com a aposentadoria dos obstetras o serviço ficou ameaçado de fechar. O superintendente do hospital ficou mais de um ano solicitando ao reitor as providências. “Na nossa gestão o hospital universitário vai funcionar perfeitamente para atendimento à sociedade”, garantiu Margareth. E completou: “Hoje a universidade não cuida do seu patrimônio público nem das pessoas”.
REUNI – Margareth Diniz afirmou a UFPB recebeu do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI, mais de R$ 136 milhões, porém, não fez o planejamento devido. A universidade passou de mais de 50  para mais de 100 cursos, de mais de 16 mil para 30 mil alunos e se construiu muitos metros quadrados.  Margareth revelou sua preocupação com o alto índice de evasão. De cada 100 estudantes que ingressam na UFPB apenas 39 estão concluindo o curso. “Isto é grave, é preocupante e a universidade tomará as providências para resolver essa questão”, declarou, acrescentando que fará uma gestão participativa, democrática e sobretudo transparente.
Comunicação – Margareth Diniz revelou que, uma vez eleita reitora, vai viabilizar o pólo multimídia. O parque gráfico está extremamente defasado, vergonhoso. “Nós vamos fazer nossa editora funcionar, nosso pólo multimídia. A universidade precisa derrubar os muros e chegar até à sociedade”, afirmou.
Ensino, Pesquisa e Extensão – A professora ressaltou que não há como dissociar o ensino, a pesquisa e a extensão. Uma de suas propostas é a de que as bolsas de iniciação científica, monitoria e extensão tenham valores igualitário.
Considerações finais – Margareth Diniz agradeceu aos jornalistas da Rádio Tabajara, Ivani Leitão e Ulisses Barbosa, pela entrevista e convidou os estudantes, técnicos administrativos e professores a votarem na chapa 1 no dia 16 de maio. Destacou que é prerrogativa da democracia alternar poder, para isto é necessário encerrar um ciclo que está na Reitoria há 16 anos. “Nossa chapa não é uma chapa contra pessoas. É uma chapa a favor da universidade que quer renovar, entrar na modernidade, uma universidade que quer competir em qualidade, não em quantidade e é essa nossa proposta”, concluiu.

sábado, 21 de abril de 2012

Parabéns ao maestro Severino Araújo nos seus lúcidos 95 anos

Maestro Severino Araújo, grande líder da Orquestra Tabajara, completa 95 anos neste dia 23 de abril


Por: Josélio Carneiro – João Pessoa-PB-Brasil

A Paraíba e o Brasil têm uma grande dívida com o pernambucano Severino Araújo, o grande mestre da Orquestra Tabajara. Em nosso estado ele vivenciou os primeiros anos de sua vida artística a partir da Banda de Música da Polícia Militar, de onde saiu para a Orquestra Tabajara e logo depois assumiu o comando. Creio que devemos à Orquestra e o maestro genial homenagens por meio de um livro, um DVD gravado aqui em João Pessoa, por exemplo, com músicas de artistas paraibanos. Fica aqui a ideia e acredito que apresentarei à Fundo de Incentivo à Cultura - FIC - um projeto nesse sentido.

Este blog presta homenagem hoje ao maestro, clarinetista, compositor e arranjador Severino Araújo, o grande líder da Orquestra Tabajara. O mestre, autor do chorinho ‘Espinha de Bacalhau’ e outras obras-primas completa neste 23 de abril de 2012 seus 95 anos de vida, toda ela dedicada à música de qualidade.
No clarinete, Severino Araújo e sua orquestra
na inauguração da Rádio Tabajajara FM, João Pessoa, 1999 (foto Marcos Russo)

Entrevista a Josélio Carneiro, em 1996, João Pessoa-PB

Nascido em Limoeiro-PE, no ano de 1917, Severino Araújo é filho de José Severino de Araújo (Mestre Cazuzinha) e de dona Amélia Araújo de Oliveira. Seu pai, autodidata, era regente de bandas de música e compositor. Atuou nos municípios pernambucanos de Surubim e Cedro e nos distritos de Floresta dos Leões e Chã do Rocha, além das cidades paraibanas de Aroeiras e Ingá. O menino cresceu aprendendo as lições do pai e logo tomou gosto pela música.

No clarinete, Severino Araújo e sua orquestra
na inauguração da Rádio Tabajajara FM, João Pessoa, 1999
Foto enviada pela família do músico
Ao centro, de terno e com o clarinete na mão, o maestro 
participa da inauguração da Rádio Tabajara FM em 1999 (foto Marcos Russo)





Com a Orquestra Tabajara ganhou fama no Brasil e França, Argentina, Uruguai onde a Big Band se apresentou. A  Tabajara é a mais antiga  orquestra de bailes do Brasil em atuação e Severino Araújo detém o recorde de regência, assumiu a batuta de 1938 a 2005. Nosso último encontro com o mestre foi em 2005 na Rádio Tabajara, em João Pessoa. Na ocasião uma equipe do Rio de Janeiro estava gravando um documentário sobre Severino e a orquetra. Naquele dia autografei e entreguei ao maestro meu livro Tabajara – A Rádio da Paraíba.

O maestro no Twitter - Recentemente o grande nome da música instrumental brasileira e mundial decidiu marcar presença no Twitter, uma oportunidade dos fãs interagirem com o mestre do clarinete e dos arranjos mais perfeitos para orquestras. No Twitter, expressamos ao maestro a ideia que temos da Orquestra Tabajara ser homenageada na Paraíba com a gravação de um DVD. No repertório, músicas de artistas paraibanos. Seria um marco histórico para a cidade de João Pessoa, terra onde nasceu a orquestra em 1933. O Clã Araújo divulgou o twitter de Severino. Anotem aí: @tabajaraujo. Sigam um dos maiores fenômenos da música instrumental dos últimos 70 anos.

Severino Araújo mora no Rio de Janeiro, em Ipanema. Para a ‘cidade maravilhosa’ partiu em meados da década de 1940, quando com a cara e o talento que Deus lhe deu decidiu junto com dois dos cinco irmãos viver da música na então capital do país. O resultado é que em poucos dias os manos começaram a fazer sucesso e daí para a fama não durou muito.

De acordo com o músico e pesquisador Sevy Falcão, em artigo no livro de nossa autoria ‘Tabajara – 65 anos – A Rádio da Paraíba’, Severino Araújo é cidadão paraibano através de título concedido pela Assembleia Legislativa. A proposição é de 1985, de autoria do então deputado e presidente do Poder Legislativo da Paraíba, Evaldo Gonçalves, a partir de sugestão do pesquisador e compositor Newton Marinho.

 Severino Araújo integrou o cast da Rádio Tabajara de 1937 (ano de inauguração da emissora) até 1944, quando o paraibano de Umbuzeiro, Assis Chateaubriand, então embaixador e dono dos Diários Associados, incentivou-o a seguir para o Rio de Janeiro. Na Rádio Tabajara, além de dirigir a Jazz Tabajara,  Severino Araújo também foi programador musical por isso tinha acesso ao grande acervo de discos e partituras com os arranjos das orquestras de Benny Goodman, Tommy Dorsey, Glenn Miller, dentre outras.  Igualmente ao pai, Severino Araújo era autodidata e somente estudou música no Rio, em 1952, com o alemão Hans koelleheuter.

Nos contou o maestro que a Orquestra Tabajara fazia o programa na rádio das 20h às 22h30, de segunda a sexta-feira. Depois os músicos sintonizavam as rádios americanas para ouvir as orquestras de jazz. Nos finais de semana haviam os bailes nos Clubes Astreia e Cabo Branco. A orquestra também acompanhava as grandes atrações nacionais que se apresentavam no palco da Rádio Tabajara.

 Nos anos 1940 o Governo da Paraíba construiu o Hotel Instância Termal Brejo das Freiras, município de São João do Rio do Peixe. A Orquestra Tabajara foi enviada para a festa de inauguração do hotel que teve a presença do então governador Ruy Carneiro. O diretor da Rádio Tabajara, nesta época, era Abelardo Jurema.
Na cidade maravilhosa os irmãos Araújo foram contratados, no começo, pela Rádio Tupi e pelo Copacabana Palace.  Depois vieram os contratos com a TV Tupi, Rádio Mayrink Veiga, Rádio Nacional e TV Rio. 1945 – estréia da Orquestra Tabajara na Rádio Tupi. Gravação do primeiro disco em 76 rotações.  Início dos bailes de formatura. 1948 – O cantor da orquestra era Jorge Tavares, que pertenceu ao cast da Rádio Tabajara. Conhecido como o cantor Palmolive, Jorge Tavares imitava Francisco Alves.

1951 – A Orquestra Tabajara faz o programa de inauguração da TV Tupi. E os músicos continuaram tocando também na Rádio Tupi. Show em Recife e em João Pessoa, pela primeira vez depois de Severino ter deixado a Paraíba em 1944. 1952 – Levados por Assis Chateaubriand, Severino e sua orquestra animaram um baile  em Paris. Foram trinta dias na França. 1955 – Carnaval de  trinta dias em Montevideo, capital do Uruguai. 1955 a 1959 – Severino e Orquestra são contratados da Rádio Mayrink Veiga, do Rio. 1958 – Surge a orquestra Românticos de Cuba. Uma parceria de Severino Araújo e Nilo Sérgio. O nome do maestro não aparecia porque ele era artista exclusivo da gravadora Continental. 1961 – Severino Araújo assina contrato para fazer o carnaval de Buenos Aires, Argentina. Trinta dias de bailes. 1962 – Contrato com a Rádio Nacional.  1964 – Contrato com a TV Rio. 1968 – Após 35 anos de música Severino Araújo resolveu se aposentar. Não assinaria contratos com rádios ou TVs. 1972 – Severino e a Orquestra começam a gravar com cantores. O primeiro foi Martinho da Vila. Depois o disco de Jamelão. Nos anos seguintes até 2005 ele continuou comandando a Orquestra Tabajara.

Origem da Orquestra Tabajara - A orquestra foi fundada na capital paraibana em 1933 pelo maestro e violinista Olegário de Luna Freire e seu amigo saxofonista Oliver Von Shosten, com o nome Jazz Tabajara. Em 1938, um ano após o ingresso de Severino Araújo, o maestro Olegário falece e Severino é convidado e assume a regência daquela que se tornaria, por seu talento e de seus irmãos e demais músicos, uma das mais famosas orquestras de música popular do mundo.

Antes da Orquestra Tabajara Severino Araújo, em 1936, era sargento da Polícia Militar e músico da Banda da PM. Em uma das entrevistas que nos concedeu em João Pessoa, no ano de 1996, o maestro  revelou que em 1928 passou a tocar clarinete, instrumento que toca até hoje.

A entrevista com Severino Araújo foi gravada na noite do sábado 28 de setembro de 1996, em um restaurante de João Pessoa, antes do baile da Orquestra Tabajara no Clube Cabo Branco. No domingo, 29, a Big Band já estava no Rio de Janeiro em mais um baile, o de número 13.142.  Em 96 o maestro estava com 76 anos.

Severino nos falou da origem da Orquestra Tabajara, seu ingresso nela, em 1937, ano de fundação da Rádio Tabajara. Ele participou da inauguração da PRI-4. Severino Araújo falou ainda sobre sua ida para o Rio, os shows internacionais: 30 dias em Paris, em Montevideo foram 40 dias no carnaval de 1955, em Buenos Aires a temporada foi no ano de 1961.

Livro  -A estimativa é de que a Orquestra Tabajara já foi assistida por mais de 20 milhões de pessoas. Em 2010 o memorialista e escritor Carlos Coraúcci publicou, pela Companhia Editora Nacional, o livro “Orquestra Tabajara de Severino Araújo – a vida musical da eterna big band brasileira”.



terça-feira, 17 de abril de 2012

Abraço-PE fecha cooperação técnica com a FACOL


A Abraço-PE (Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária de Pernambuco)caminha para uma parceria jamais vista em Pernambuco com a Faculdade Osman Lins. Desta forma, torna-se a primeira instituição de ensino superior a fechar uma parceria com a entidade. O documento deve ser assinado em breve pelo diretor pedagógico da faculdade, professor Péricles Austregésilo e pela diretoria Executiva da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária de Pernambuco.

A parceria possibilita diversas ações, que incluem principalmente os radialistas comunitários e membros das rádios no curso de gestão em Rádio e TV. O curso oferecido pela FACOL é de dois anos em gestão, onde o futuro profissional poderá atuar como gestor de veículos de comunicação ou como repórter, produtor, apresentador e editor.
Hoje a Faculdade conta com toda estrutura de áudio e vídeo da TV Tabocas, estúdio e equipamentos para a produção de programas desenvolvidos pela TV Nova Nordeste. Em contra partida, a Abraço/PE, irá divulgar em suas rádios afiliadas “O Momento Facol”, um programa voltado para as questões sociais e de cidadania.
O diretor pedagógico, Péricles Austregésilo destaca que a parceria irá proporcionar vários benefícios para os alunos da FACOL. “Essa parceria cria um novo paradigma para a faculdade e para os alunos da FACOL, possibilitando assim um elo entre instituições”, afirma.
O coordenador Executivo da Abraço/PE, Flávio Marques, destaca também que a parceria cria perspectivas futuras para os radialistas comunitários e alunos da FACOL, por meio da produção cooperada de programas.
Para o coordenador de Mobilização da Abraço/PE, J. Neto, a parceira será de grande importância no sentido de capacitar os radialistas comunitários dando a eles uma oportunidade para crescer profissionalmente, legitimar sua atividade e expandir seus conhecimentos técnicos.
“Estamos dando mais um passo nesse caminho, buscando parcerias em diversos setores, em prol de uma comunicação mais justa e solidária para a população”, pontua Gilmar Santos, coordenadora de Formação e Inovação Tecnologia da Abraço/PE.
Participaram do encontro na sede da FACOL, em Vitória de Santo Antão-PE, na última quinta-feira (15), o coordenador executivo da Abraço-PE, Flávio Marques, Gilmar Santos, coordenador de formação e inovação tecnológica, o coordenador de organização e mobilização, J. Neto, e Domingos Sávio, coordenador regional da zona da Mata Sul. Além do diretor geral da FACOL, Dr. Paulo Roberto, e Péricles Austregésilo, diretor pedagógico.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Parrá - carteiro, compositor, cantor e presepeiro





Carlos Cavalcanti
Repórter - A União

Uma das anedotas populares que envolve o nome de Parrá, um misto de forrozeiro, sambista e presepeiro das antigas, é a seguinte: numa noite calorenta, ele estava caminhando no anel da Lagoa (Parque Solon de Lucena) quando foi abordado por dois “cabras bufando de raiva” de armas em punho. Anunciaram logo o assalto. De olhos bem arregalados, Parrá não perdeu a calma. Com sua voz rouca, foi logo dizendo: “Ôchente, vou morrer de novo. Já morri nessa lagoa, meus camaradas”! Ele conta que os bandidos, assustados, “passaram sebo nas canelas e se danaram numa desabalada carreira. De medo”.
O malemolente (no bom sentido) Severino Ramos de Oliveira, 69 anos, nasceu no bairro do Roger, na Capital. Por essa época andou muito de bonde.Terceiro filho do operário José de Oliveira, e da dona-de-casa, Maria Luiza. Seu irmão Joca foi quem o encaminhou “pras bandas da música”. Começou tocando violão. “Foi aí que me interessei a cantar”, relembra.

Parrá, ao microfone, no Teatro Santa Roza, festa dos 50 anos da Tabajara

Deu início a sua carreira musical aos 16 anos. Sua alcunha bastante popular nas esquinas e bares de João Pessoa – Parrá -, ele considera “um mistério”, mas destaca que “foi o irmão Joca que botou em mim. Não sei explicar porque”, apressa em esclarecer  o cantor e compositor que, de uns anos para cá, tem tido um papel relevante na música paraibana. De suas composições musicais, ele destaca O Fumo de Parrá e Cabo de Vassoura.
Parrá, cujo estilo musical é algo entre Jackson do Pandeiro e o baiano Riachão, se define assim: “Faço e canto forró misturado com um certo malabarismo. Aprendi muita coisa com o Genival Lacerda. Na minha música também tem um gostinho de samba”. Ele diz que “um dia destes foi macaco velho de programas de auditório na época de ouro das rádios no Brasil”. 
- Tive uma grande trajetória em várias emissoras no tempo que rádio era rádio. Cantei nas rádios Poti, Araripe do Crato, Difusora de Pesqueira e fazia parte do cast da rádio Borborema, que era comandada pelo saudoso Hilton Mota”, relata Parrá. “Tive também passagem pelo auditório da rádio Tabajara. Era o tempo de Meves Gama, Teone Barbosa e Jonildo Cavalcanti, Pascoal Carrilho e Gilberto Patrício -
- Tempos recentes, Parrá encerrou as festividades das Festas das Neves cantando junto com a Orquestra de Câmara, na Capital. “Nesta ocasião, o maestro Carlos Anísio me ajudou bastante. É um homem de grande valor musical”, agradece.  
Parrá, que foi entrevistado pela reportagem de A União no balcão da Cachaçaria Fhilipéia, na Capital, ao ser indagado porque sua estrela não brilhou até o momento e porque suas músicas não tocam nas rádios e porque não faz muitos shows por ai. Ou seja, não atingiu o estrelato, dá a seguinte declaração: “Minha estrela vai brilhar quando eu der um polimento nela, mas não me queixo das autoridades. Tive muitas oportunidades. Vieram muitas, mas não levei a sério”.
  O cantor relata ainda: “Uma das oportunidades que tive na vida foi o convite do cantor e sanfoneiro Dominguinhos, que um dia me convidou para subir ao palco e cantar com ele. Recusei porque não estava preparado. Foi num desses São João que ocorreu aqui na Paraíba”, explicou.  Ele conta com umas 20 composições gravadas. 
- Minha música não toca nas rádios porque nos microfones delas proliferam as músicas baianas e o forró de plástico. Eles tomaram os espaços – diz, ainda, Parrá.
Seu último CD, ele gravou com o Livardo Alves. Sobre sua instrução, Parrá diz que conta com o “2º Grau incompleto.

Saiba mais

Severino Ramos de Oliveira é pai de cinco filhos. Todos casados e vivos. Na verdade, Parrá é um carteiro aposentados da Empresa Correios e Telegráfos. Sua vida de mensageiro teve início na década de 50. Como carteiro, declarou ele: “só levei a experiência de andar muito nas ruas. É casado com a dona-de-casa Maria do Carmo. 

domingo, 1 de abril de 2012

Luiz Gonzaga e Dircinha Batista, na Tabajara, época de ouro do rádio


Época de ouro do rádio paraibano. Na primeira foto, cartaz do show da cantora Dircinha Batista, no programa de Sandoval Cajú 'Quartel General do Rádio'.

O patrocínio era dos produtos Sanhauá. Esta foto, do arquivo de Ninoticka Carrilho, filha de Paschoal Carrilho, está no livro Tabajara - 65 ano - a Rádio da Paraíba, obra publicada em 2002 pela editora A União.

Na segunda foto, o rei do baião, Luiz Gonzaga, no palco da Tabajara, programa Paschoal Carrilho. Muitos artistas de sucesso em todo o Brasil se apresentaram no auditório da Rádio Tabajara.


Cauby Peixoto, Nelson Gonçalves, Genival Macedo, Mércia Paiva, maestro Severino Araújo, são alguns dos artistas que passaram pelos palcos da Tabajara. Agora em 2011 o blog continuará trazendo ao internauta páginas da história da Rádio Tabajara de ontem e de hoje.


Josélio Carneiro, com fotos de seu arquivo