Mais um pouco de história de nossa Rádio Tabajara AM, em fotos. Posse do radialista Paulo Costa na Tabajara em substituição ao jornalista Petrônio Souto. Ao microfone o então secretário Solon Benevides, da Casa Civil do Governador na gestão Maranhão. No centro, de braços cruzados, Giovanni Meireles, então secretário de Comunicação do Governo. No canto esquerdo Petrônio Souto e Paulo Costa.
Ao centro, olhando para o fotógrafo, Hermes Taurino, de saudosa memória.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Grandes nomes da Rádio Tabajara ontem, hoje e sempre
Ao longo dos seus 75 anos a Rádio Tabajara teve e tem sua história marcada por grandes radialistas, grandes nomes do rádio paraibano. O nosso registro aqui a alguns desses atores. Assis Mangueira, Airton José (Bolinha), Ivan Bezerra, Spencer Hartman, Carlos Antonio, o homem do Show das 13, Zé Pequeno, maestro Severino Araújo, Eudes Moacir Toscano, Geraldo Cavalcanti, Jonildo Cavalcanti.
Narrador esportivo Eudes Moacyr Toscano
Assis Mangueira, 40 anos de Tabajara
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Um Jeito de Ser Nordeste
Cânticos da Natureza - programa
Guilherme Cabral - A União 23 de fevereiro de 2012 Foto: Evandro Pereira
Guilherme Cabral - A União 23 de fevereiro de 2012 Foto: Evandro Pereira
O repente – cuja característica é ser a arte do improviso – conquistou espaços na mídia, com o passar do tempo, ocupando espaços em emissoras de TV e rádio, na Paraíba. Um exemplo é o programa Cânticos da Natureza, que há oito meses é apresentado pelo poeta Paulo Cruz na Tabajara AM 1110 de segunda a sexta-feira, das 17 horas às 18h. Em entrevista para o jornal A União, ele informou que o objetivo é preservar, mas também divulgar o cordel, o aboio e a embolada para o conhecimento das novas gerações. Compositor, disse que lançará o quinto CD, intitulado O Nordeste é Desse Jeito – com 12 faixas, sendo nove autorais – no dia 11 de março, às 14h, no Bar Central em Mata Redonda, durante cantoria com Otacílio Soares e Toinho Batista, em evento organizado por Antônio de China.
“O repentista saiu do anonimato das regiões do interior, onde cantava nos casebres, em cantora pé de parede. Hoje ele tem alguns privilégios, pois agora se apresenta em festivais e eventos promovidos por instituições públicas e empresas privadas, a exemplo do que acontece em João Pessoa. O repente conquistou espaço porque a mídia abriu espaço, mas também pelo fato do próprio profissional ter saído para buscá-lo mostrando o seu talento para o público”, disse Paulo Cruz.
Como músico, o próprio Paulo Cruz é um dos que buscam inovar, pois é o autor de quatro modalidades de repente. As três primeiras foram criadas em 2003, sendo as seguintes: aboio do vaqueiro (que substitui o boi da cajarana), consistindo no uso da viola, ou de outros instrumentos; no percurso do solo paulistano (em substituição ao martelo alagoano), com 10 estrofes de 10 linhas, tocados na viola; e rojão fim de festa (substitui o coqueiro da Bahia), com ritmo mais musicado. A quarta, de 2011, é quadrão romano (em substituição ao quadrão alagoano), com 10 estrofes – cada qual com oito linhas – falando sobre os santos canonizados da Igreja Católica, cantadas ao som da viola.
Mas, na opinião do apresentador, ainda é preciso avançar na ocupação de mais espaços, por entender existirem restrições para a divulgação do repente principalmente nas rádios FM. “Talvez por essas emissoras acharem o repente insignificante para a população”, atribuiu Paulo Cruz. A propósito, nessa busca pela conquista de mais público, ele destacou que a expectativa é de ampliar a audiência a partir do momento em que começar a funcionar um novo transmissor na Tabajara AM.
Antes de adquirir o espaço na Tabajara, Paulo Cruz comandou um programa homônimo ao da emissora oficial do Governo da Paraíba durante um ano e sete meses – três dias por semana – na Rádio Integração, na cidade de Bananeiras. Na atração que agora ele apresenta, além de tocar faixas – de repente - do seu novo CD, O Nordeste é Desse Jeito, recita versos e recebe amigos convidados. Um desses frequentadores mais assíduos é o poeta pernambucano (natural de Itapetim) Toinho Batista, que reside em João Pessoa há 35 anos e gravou dois CDs, sendo o primeiro com o poeta Pedro de Mossoró e o segundo com o poeta Zé Viana, além de um DVD com Otacílio Soares, cujo título é Grande Encontro dos Poetas.
“O repentista é autodidata, acima de tudo, e catedrático em seus conhecimentos. O poeta repentista tem que ter três naturezas, que são as seguintes: consciência da rima; métrica e origem, ou oração, para se ater ao tema. Isso é válido para o repentista, mas também para o poeta escritor, que não canta de improviso, mas precisa ter o texto com métrica para ser cantado”, afirmou Paulo Cruz, que é paraibano (nasceu na cidade de Solânea), reside em João Pessoa há dois anos e gravou cinco CDs, dos quais o primeiro é intitulado No Percurso do Repente, com Auremir Caetano, em 2007. Além de apresentar o programa na Tabajara AM, realiza apresentações. Contatos para agendamento de shows: (83) 8702-6573, 3214-7796 e 3214-7797.
O poeta Toinho Batista também é outro que atua pela preservação da tradicional arte do repente. Ele já se apresentou em vários programas de emissoras, a exemplo das rádios Sanhauá e a própria Tabajara, cantando com outros repentistas. Além disso, participou de festivais e eventos promovidos por instituições, como a Funjope (Fundação Cultural de João Pessoa). Contato para shows: (83) 8809-8782.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Memória do rádio, depoimentos de quem fez e faz a Tabajara AM
Depoimentos
Ipojuca Pontes – “A Tabajara foi régua e compasso de tudo de bom que aprendi a fazer na vida. Antes de ingressar nos quadros da Tabajara, pelas mãos de Adalberto Barreto e Biu Ramos, ouvia falar muito na Tabajara de Abelardo Jurema e Jorge Matos, diretores pregressos dos informativos sobre o front a 2ª Grande Guerra Mundial. Na Tabajara de Adalberto e Biu, e ainda Paulo Pontes, e depois Paulo Maroja, isto é, na Tabajara do meu aprendizado, havia e se fazia de tudo, o laboratório era permanente”.
Jacy Cavalcanti – Um dos personagens mais criativos do rádio. Criou programas como: Carrossel de Diversões e A Discoteca do Ouvinte, o primeiro programa de rádio no Brasil a atender pedidos musicais ao vivo, por telefone. “O ouvinte pedia a música pelo telefone 1714 e a gente atendia na hora. Eu ficava conversando com o ouvinte enquanto o pessoal da produção localizava o disco, a música solicitada”.
Mércia Paiva – “Meu pai quando descobriu que eu tinha essa vocação, essa facilidade para tocar acordeon, ele quis mostrar o meu talento e o meio foi a Rádio Tabajara, que era um meio de comunicação de muita audiência, como é hoje a televisão”.
Marlene Freire – “Nasci em 1937, ao de fundação da Rádio Tabajara. Em 1945, aos oito anos, ingressei no cast da emissora depois de me apresentar em programa de calouro infantil realizado no Cine Metrópole. Paschoal Carrilho, que fez muito pelo rádio paraibano, selecionava talentos para a Tabajara”.
Otacílio Batista – “Durante 30 anos fui titular do programa De Repente a Viola, na Rádio Tabajara. Muito tempo fazendo dupla com meu irmão Dimas. Comecei a cantar a convite do diretor da emissora Antonio Coutinho de Lucena. Mas nunca fui funcionário da emissoa. Devo muito à Tabajara”.
Jorge Tavares – “Cantei nos microfones da Rádio Tabajara nos três primeiros anos de existência da emissora, de 1937 a 1939. Diziam que minha voz era semelhante a do famoso cantor Francisco Alves, por quem fui levado o Ceará e de quem recebi grande incentivo no Rio de Janeiro. Fui crooner da Orquestra Tabajara aqui e no Rio. Ao longo de 50 anos vividos no Rio de Janeiro fiz muitos amigos: Luiz Gonzaga, Moacyr Franco, Orlando Silva, Carlos Galhardo, Mário Lago, Francisco Alves e o meio irmão Chacrinha, o Abelardo Barbosa”.
Paschoal Carrilho – “A melhor época do rádio paraibano no governo do ministro José Américo de Almeida quando o diretor artístico da Rádio Tabajara era o jovem Antonio Coutinho de Lucena, irmão do senador Humberto Lucena”.
Geraldo Cavalcanti – “Comecei no rádio fazendo locução comercial em programas de auditório. Fui aprovado em testes aplicados por Biu Ramos, Paulo Pontes e Linduarte Noronha. A Tabajara chegou a ser ouvida em quase todo o país através das Ondas Tropicais. Aos domingos o governador José Américo era um dos frenquentadores dos programas de auditório”.
Humberto Lucena – “A Rádio Tabajara está gravada em minha memória e em meus mais profundos e positivos sentimentos. Não poderia deixar de expressar minha visão objetiva a respeito de sua enorme importância social, cultural, política e econômica para o Estado da Paraíba. Nos anos de 1404 e 1945 fiz parte do quadro de locutores da rádio”.
Ernani Norat – “Sempre trabalhei para o ouvinte, nunca para mim. Fazia e faço tudo em prol do ouvinte e da Tabajara. Valeu ter abraçado essa causa”.
Zé Pequeno – “Trabalhei na Tabajara até a grande decepção: a dispensa do cast de músicos e rádio-atores. Acabaram sem nenhuma necessidade. Faltou só criatividades dos diretores. Só a apresentação da Orquestra Tabajara, bem vendida, bem poduzida, sustentava o cast da emissora”.
Ivan Bezerra – “ Tabajara tem sido ao longo dos anos uma emissora popular, dando espaço à cultura, ao jornalismo, ao esporte e marcou época no período do rádio-teatro.
Eudes Moacir Toscano – “O ano ea 1968. Depois de trabalhar na Arapuan e Caturité, chegava à Tabajara, trazido por Geraldo Cavalcante, que no velho prédio da Rodrigues de Aquino, comandava a equipe esportiva, sempre na vanguarda do rádio paraibano”.
Ana Paula – “Trabalhei na Tabajara com Polari Filho, Paschoal Carrilho e Jacy Cavalcanti. Apresentei programas com meu querido amigo Geraldo Cavalcante. Também trabalhei com Carlos Antonio, do Show das 13. No rádio fiz grandes amigos”.
Airton José – “Eu comecei na Tabajara no final dos anos 70, quando o governo Burity resolveu abrir a programação da emissora para o povão. Fiz noticiário com Paulo Rosendo, de quem eu era fã incondicional.
Adalbeto Barreto – “Criei um radiojornalismo solto e atrevido que fazia ouvir desde o protesto dos camponeses de Sapé aos debates semanais dos grandes temas do momento”.
Nota: Estes são trechos de depoimentos que estão no livro Tabajara- 65 anos - a Rádio da Paraíba.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Maestro Severino Araújo e a Orquestra Tabajara
Do Rio de Janeiro, o maestro Severino Araújo, grande líder da Orquestra Tabajara, nos seus quase 95 anos, enviou um abraço aos paraibanos: “trabalhei na Rádio Tabajara de 1937 até 1945. Adorei, fui tratado muito bem por todos. Desejo bastante sucesso e parabéns pelos 75 anos da emissora que é um patrimônio dos paraibanos”. Revelou o grande músico, instrumentista e arranjador.
Severino Araújo e Orquestra na inauguração
da Tabajara FM, 1999. Foto: Marcos Russo
Em 4 de outubro de 1996 A União publicou a matéria Aplausos para a Orquestra Tabajara. Na entrevista Severino Araújo declarou: “A Orquestra Tabajara é quem mais faz propaganda da Paraíba no mundo inteiro”. E isto é um fato. O corinho Espinha de Bacalhau, de autoria do maestro é tocado na Inglaterra, França, Dinamarca, Suíça, Itália, Finlândia, Portugal, Argentina, Estados Unidos, Uruguai, Alemanha, Áustria, Espanha, Holanda, dentre outros países, informava o maestro. A Tabajara é a orquestra de jazz mais antiga do mundo. Em 1996 ela realizou no Clube Cabo Branco o baile de número 13.141, e lá se vão quinze anos...
Em pé, Severino Araújo regendo a orquestra
No projeto Paraíba Nomes do Século, série histórica produzida por A União no ano 2000, o violonista Sevy Falcão escreveu sobre Severino Araújo e a Orquestra Tabjara. Parte deste documentário foi republicada no livro Tabara- 65 anos – a Rádio da Paraíba.
Nascido aos 23 de abril de 1917, em Limoeiro-PE, Severino Araújo, na juventude, ingressou na Orquestra Tabajara em 1936 e ela foi criada em 1933 pelo maestro Olegário de Luna Freire e Oliver Von Shosten, um excelente saxofonista. Também se tornaram músicos da Orquestra Tabajara os irmãos de Severino Araújo.
A Orquestra Tabajara tocava na Rádio Tabajara nos programas de auditório com artistas consagrados nacionalmente. Os músicos tinham programa na emissora. A vida cultural de João Pessoa teve participação muito ativa da orquestra. Além dos programas de auditório na Tabajara a orquestra se apresentava no Teatro Santa Roza, fazia saraus no Cassino da Lagoa, no Pavilhão do Chá e tocava nos bailes dos Clubes Cabo Branco e Astreia.
Em 1944 Assis Chateaubriand, paraibano dono dos Diários Associados, convidou e Severino Araújo embarcou para o Rio de Janeiro, junto com dois irmãos músicos para trabalhar na Rádio Tupi e no Copacabana Palace. Nesse ano houve a cisão da orquestra, parte dos músicos foi para o Rio. Ficou uma orquestra aqui e a do Rio passou a ser chamada Orquestra Tabajara de Severino Araújo que até hoje faz sucesso. A que ficou na Paraíba anos depois deixou de existir.
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Radiojornalismo na Tabajara
Por Marcos Thomaz, diretor de radiojornalismo da emissora
A Rádio Tabajara possui dois programas voltados integralmente para o jornalismo e transmitido em cadeia pela AM e FM, além de uma rede composta por mais de 30 rádios espalhadas pelo Estado. Estas dezenas de rádios compõem a Rede Tabajara Sat, a maior da Paraíba.
Apesar de apresentarem formato e temáticas diferenciadas, tanto o “veterano” Jornal Estadual (06 às 07h) quanto o “caçula” Fala Paraíba (12 às 13h) seguem a nova linha editorial implantada no radiojornalismo da emissora: prestação de serviços, despersonalização e despartidarização da notícia e foco em fatos, que realmente interferem no dia a dia da população.
Marcos Thomaz
Seguindo a premissa básica do jornalismo de servir a sociedade com responsabilidade na divulgação dos fatos a Tabajara cumpre seu papel como órgão público e abandona o histórico estigma de funcionar como instrumento de massificação dos interesses apenas do grupo político dominante. Com esta nova proposta a Rádio tem investido na publicização de direitos e deveres dos cidadãos, que muitas vezes são ignorados pela sociedade, por simples falta de conhecimento e acesso a informação.
Outra inovação foi o estabelecimento de uma relação mais estreita e funcional com as Secretarias e órgãos diversos da administração estadual, facilitando a divulgação de ações e campanhas para a população de todo o estado. Desta aproximação nasceu a parceria para exibição de programetes dentro da grade jornalística. Atualmente são exibidos os seguintes quadros no Jornal Estadual: “Espaço do Consumidor” (Procon)/ “Paraíba Terra Forte” (Sec. Agropecuária e Pesca)/ “Saúde Paraíba” (Sec. Saúde). Já o Fala Paraíba reproduz “A Palavra é Educação” (Sec. De Educação).
Outro programa sob responsabilidade de transmissão da Tabajara é o “Fala Governador”, que vai ao ar das 12h às 13h, sempre às segundas-feiras. O programa é o canal direto de comunicação entre o Governador Ricardo Coutinho e a população, que interage através das redes sociais.
Também engloba o jornalismo das Rádios Tabajara os informativos veiculados através de notas nas duas estações. Na FM, o Tabajara News, é exibido a cada 30 minutos (segunda a sexta) e de hora em hora (sábados, domingos e feriados). Os temas abordados passam por notícias do Brasil, Mundo, Esportes, Justiça, Economia, Dicas de Saúde etc. Já na AM, o tradicional Informativo Tabajara, há várias décadas no ar, é veículado de segunda a sexta nos seguintes horários: 09h,10h,11h,14h,15h,16h,17h.
Fala Paraíba (12 às 14h) – Radiojornalismo político. Com cobertura ampla das ações do Executivo (Governo do Estado e Prefeituras Municipais), Legislativo e Poder Judiciário.
Apresentação: Célio Alves
Produção: Reny Barroso
Jornal Estadual (06 às 07h) – Radiojornalismo de Serviços. Foco na divulgação de notícias de utilidade pública, dicas de saúde e bem-estar, orientações ao consumidor, ações governamentais (municipais, estadual e federal).
Apresentação: Ulisses Barbosa e Raquel Monteiro
Produção: Gláucia Magalhães
Edição: Nara Souto
Repórteres: Sandra Bárcia, Fernanda Medeiros, Josélio Carneiro, Josy Brito, Odonildo Dantas, Sérgio de Andrade, Walter Nogueira, Mirella Vasconcelos
Diretor de Radiojornalismo: Marcos Thomaz
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Maria Eduarda, de ouvinte a superintendente da Rádio Tabajara
Entrevista a Josélio Carneiro publicada na revista Tabajara 75 anos, de A União, domingo 29 de janeiro 2012
Foto: Evandro Pereira
Foto: Evandro Pereira
Quando o governador Ricardo Coutinho nomeou a radialista Maria Eduarda Santos de Figueiredo para a superintendência da Rádio Tabajara, em 2011, escreveu um capítulo inédito na história da emissora do Estado. Pela primeira vez, em 74 anos, uma mulher assumia o cargo.
Maria Eduarda, ou Duda Santos, nasceu na cidade de Araruna, Curimataú paraibano e desde menina gostava de ouvir rádio e já adolescente, aos 14 anos, começou trabalhar numa emissora AM de sua terra Natal. Depois passou por Bananeiras e em seguida veio morar em João Pessoa onde é radialista há vários anos. Neste aniversário de 75 anos da Tabajara AM Duda Santos fala de seu amor pelo rádio e da responsabilidade com que dirige a emissora pioneira do Estado e uma das mais antigas do Brasil.
A União – Quando você começou no rádio?
Maria Eduarda – Eu comecei em rádio aos 14 anos de idade em minha cidade que é Araruna, depois passei por uma emissora em bananeiras e aos 16 anos vim morar em João Pessoa. Fui a primeira locutora de uma rádio FM. Eu sou apaixonada por futebol, a exemplo de meu pai, e aqui na capital também fui repórter de pista participando de transmissão de jogos no estádio O Almeidão.
A União – Qual sua definição do rádio AM?
Maria Eduarda - A grande escola do rádio é o rádio AM. Você aprende a improvisar, aprende a parte técnica de sonoplastia, aprende a entrevistar, tem noções de como funciona um transmissor. Aqui em João Pessoa passei 17 anos em um sistema de comunicação.
A União - E como você encara esse desafio de assumir a Rádio Tabajara?
Maria Eduarda - Eu acho que na verdade tudo o que me aconteceu foi uma preparação para estar hoje dirigindo a Tabajara. Não pelo cargo em si mas pela responsabilidade que o cargo traz. Jamais imaginei que um dia chegaria à superintendência desta emissora. Meu Deus, eu era criança em Araruna e ouvia rádio com meu pai... Dentro de mim existe um misto de responsabilidade com privilégio. Eu estou cuidando de um patrimônio, estou nesse tempo, responsável por um patrimônio do povo e isto nos dar uma sensação de uma responsabilidade muito maior. Esse governo tem esse zelo de cuidar da história do povo e de forma especial a Rádio Tabajara zela pela cultura paraibana. E podemos dizer que estamos abertos a sugestões. As portas e os microfones estão abertos à população em geral que queira conhecer essa história de 75 anos jornalismo, música e futebol.
A União – Quem faz rádio de verdade tem que ter paixão, não é?
Maria Eduarda – Sou uma profissional técnica, apaixonada por rádio, pelo menos a maioria que faz rádio tem paixão pelo rádio. O olho da gente brilha, está na veia. E quando assumi a Tabajara me encontrei na responsabilidade de devolver os tempos de glória a emissora, pelo menos tentar fazer a minha parte e levar outras pessoas a acreditarem nisto. A Rádio Tabajara tem uma história de muito bonita, eu acho que na vida de todos nós paraibanos.
A União – A Tabajara AM ganhará um transmissor novo para aumentar a potência de seu sinal?
Maria Eduarda – Têm muitas coisas boas para acontecer. Nós estamos com o novo transmissor para chegar que vai ser um novo marco na emissora. Junto com investimentos em equipamentos é necessário se investir no no ser humano. Então aqui temos trabalhado a alto estima dos profissionais. Estou muito feliz em trabalhar com profissionais incríveis da casa. Imagine você ter a chance na vida de trabalhar com Airton José, o Bolinha, é uma alegria muito grande trabalhar esse profissional que eu ouvia quando era criança. Um Jadir Camargo, um Spencer Hartmann!
A União - Qual a linha editorial hoje do radiojornalismo praticado pelas Rádios Tabajara AM e FM ?
Maria Eduarda – O nosso jornalismo, a nossa linha editorial é não sermos chapa branca. Nós somos uma emissora oficial do Estado. E quem é o Estado? Sou eu, é você, somos todos nós. Então, esse Governo também tem a compreensão de cuidar disto, de ouvir, de prestar atenção à opinião do outro. E isso nos dar uma tranqüilidade muito grande, nosso secretário de Comunicação Nonato Bandeira e o próprio governador Ricardo Coutinho têm muito zelo por esta linha editorial.
A União – Qual sua leitura sobre a Tabajara AM e a Tabajara FM em reservar muito espaço à música paraibana e a música de qualidade em geral?
Maria Eduarda – Estamos tendo um zelo muito grande em divulgar a nossa cultura, a música da nossa terra, que muitas vezes fica desconhecida. Um projeto muito legal é o Paraibano Como Você, que divulga talentos paraibanos, resgatando a alto-estima. Existe uma lei estadual estabelecendo que 10% da programação das rádios AM e FM deve ser reservado à música produzida na Paraíba. Desde que nós assumimos em média 20% a 25% da programação é dedicada à música paraibana. O nosso objetivo é a Rádio Tabajara seja a porta de entrada para que as pessoas possam conhecer essa a arte. Aqui o famoso e o artista ainda anônimo tem sua música tocada em nossa programação.
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